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Paraná amplia investigação da variante indiana do coronavírus após mais 3 casos
| Foto: Clevis Massolla / Sesa

A investigação dos casos da variante indiana do coronavírus no Paraná foi ampliada com apoio de uma equipe do Ministério da Saúde. Um novo inquérito epidemiológico foi aberto após confirmação de mais três casos fora de Apucarana, epicentro dos quatro primeiros casos onde as autoridades de saúde conseguiram identificar a origem da transmissão, uma paciente grávida de 42 anos que havia vindo do Japão em abril e que não resistiu à doença. Os novos casos confirmados sexta-feira (9) no sequenciamento genético feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, são de Francisco Beltrão (Sudoeste do estado), Mandaguari e Rolândia (ambas no Norte). Agora, o Paraná totaliza sete casos da nova cepa.

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O inquérito epidemiológico aberto pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) com o Ministério da Saúde tem objetivo de averiguar se a circulação da cepa indiana, mais transmissível, já é comunitária no Paraná. Para isso, as autoridades sanitárias tentam encontrar a origem da transmissão da Covid-19 pela variante delta nas três cidades. A exemplo do que foi feito em Apucarana, onde o caso foi considerado importado já que a origem da transmissão - a paciente que veio do Japão - não vivia na cidade.

Além disso, a força-tarefa sanitária também vai ampliar a busca por novos casos da variante delta no estado. Toda a investigação epidemiológica será feita com a equipe da Sesa em conjunto com o Programa de Treimento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS) do Ministério da Saúde.

Rastreio

A investigação será nas Regionais de Saúde de Apucarana, Londrina, Maringá e Francisco Beltrão, as quais pertencem os municípios onde foi detectada a nova cepa do coronavírus. Haverá análise de informações e dados além de trabalho de campo. Agentes de saúde vão entrevistar moradores e visitar locais estratégicos por onde as pessoas infectadas e seus contados tenham circulado.

Além disso, o Laboratório Central do Estado (Lacen) continuará enviando a cada 15 dias amostras coletadas em diversas localidades do Paraná para o sequenciamento genético da Fiocruz. O estado tem cota no órgão federal de 40 análises genéticas por mês.

Desde o início da pandemia, a Sesa identificou 24 variantes diferentes do coronavírus no estado. Além do Paraná e do Maranhão, onde os primeiros casos no Brasil foram detectados em tripulantes de um navio com bandeira de Hong Kong, o estado de São Paulo também registrou seu primeiro caso da variante delta no fim de junho. O caso paulista era um passageiro que desembarcou da Índia no Aeroporto de Guarulhos e que se deslocou para a cidade de Campos de Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro.

Esses três casos - do navio no Maranhão, da grávida que veio do Japão para o Paraná e do passageiro que veio da Índia e desembarcou em São Paulo - reforçam a necessidade de quem vem de fora do país cumprir obrigatoriamente o isolamento por pelo menos dez dias para que novas variante não se espalhe, enfatizam as autoridades sanitárias.

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