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Máscara de proteção - Covid-19
| Foto: Pixabay

De acordo com um estudo desenvolvido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), a partir de modelo matemático com inteligência artificial, daqui a um mês o estado pode contabilizar diariamente 3 mil casos e 100 mortes em decorrência da Covid-19. Para se ter uma ideia do crescimento, neste mês de julho, o menor aumento de diagnósticos positivos registrado em 24 horas foi de 879, no dia 5, e o maior foi de 2.262, no dia 16. Já os óbitos variaram entre 14 e 57. Pico da doença pode levar três meses para ser atingido.

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Iniciada em março, assim que os registros de coronavírus apareceram pela Europa, a pesquisa é conduzida pelo professor Roberto Tadeu Raittz, do Programa de Pós-graduação em Bioinformática e coordenador do Grupo de Inteligência Artificial Aplicado à Bioinformática da UFPR. “Ainda estamos muito longe de atingir o pico da epidemia no Paraná. A curva está em um crescimento muito preocupante e acho difícil levar menos de três meses para então termos esse ápice”, disse o coordenador.

Segundo o levantamento, em um mês, caso o estado se mantenha com as mesmas tendências, passariam a ser registrados cerca de 3 mil casos por dia, bem como 100 mortes. Atualmente, a média de confirmações diárias é de 1,6 mil, com picos de mais de duas mil. As mortes são, atualmente, 50 na média móvel. O estudo pode sofrer variáveis para mais ou para menos em caso de mudanças de comportamento, como mais aceitação do isolamento social ou, justamente pelo contrário, mais desrespeito aos procedimentos de prevenção. “A projeção é baseada em padrões existentes, portanto caso surjam interferências capazes tanto de aprofundar quanto de conter a pandemia os números podem ser alterados”, explicou o professor.

Para gerar os números, o modelo utiliza algoritmos evolutivos, uma das vertentes da área da Inteligência Artificial. O sistema é “alimentado” uma vez por semana com os dados públicos disponibilizados sobre a progressão do coronavírus e as curvas teóricas se ajustam automaticamente. Para garantir assertividade, são utilizadas 17 variáveis, tópicos considerados para que o “robô” preveja os dados corretamente.

O sistema agrega os casos notificados (com números do Ministério da Saúde), a previsão da semana atual (SAT), feita com os dados atualizados – com base nos resultados disponíveis até o momento da análise – e da semana anterior (SAN), referente à previsão realizada com os dados de até uma semana antes da última análise.

Um dos benefícios do uso do sistema é a utilização dos dados para que especialistas possam observar o índice de contaminação e adotar medidas preventivas. A população também pode se beneficiar da análise. Os gestores podem observar a situação, observando o efeito de medidas tomadas. Além disso, a compreensão pode levar à conscientização sobre a gravidade da situação ”, finalizou.

Os dados por estado podem ser consultados no site do projeto, assim como os dados por municípios.

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