Os primeiros passos na política foram literalmente dados por um grupo de estudantes que teve a oportunidade de ocupar as instalações da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), durante o recesso de julho. São jovens que participaram do Parlamento Universitário, iniciativa que possibilita aprender a política por dentro, entendendo como funciona o processo para a aprovação de leis, por exemplo.
Alguns dos 54 participantes querem passar da simulação para algo mais real. Eles pretendem se candidatar e voltar ao ambiente político como representantes da população. É o caso de Mohamad Walyd Nabil Geha, de 22 anos, estudante de Medicina da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Ele vê o médico como um profissional muito preparado para a vida pública, conhecedor das demandas sociais, e se imagina como ministro da Saúde ou até mesmo como presidente da República.
A percepção sobre os reflexos das decisões tomadas no mundo político começou para Rubens Novicki Neto, aluno de Direito da UFPR, quando ainda criança acompanhava o noticiário com seu pai, especialmente na época das denúncias de corrupção tanto do Mensalão como do Petrolão. “Meu interesse surgiu mais como forma de indignação perante esses crimes e um sentimento de querer reverter esse quadro”, contou o jovem de 17 anos. Rubens já participou de encontros do partido NOVO e começou a se interessar pelo Partido Social Cristão (PSC).
Também participante do Parlamento Universitário, Eduardo José do Nascimento, aluno de Direito da UniBrasil, conta que já é filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e que pretende se candidatar já na próxima eleição municipal. “Quando entrei na Assembleia, logo me senti em casa e como estudante bolsista, tenho o dever de retribuir a sociedade como um todo”.
William Costa Grande, que foi líder do governo no Parlamento Universitário, conta que vai se filiar em breve ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Escolheu a legenda por representar seus interesses e ideais. “Acredito no trabalho de alguns deputados que fazem parte desde partido”, relata o estudante de Direito da PUCPR, de 20 anos.
Já para Julia Quintana Dalledone, a Assembleia Legislativa não é bem uma novidade. Ela é neta de Caito Quintana, que foi deputado estadual e faleceu em janeiro de 2019. Conta que o interesse pela política surgiu desde a infância. “Cresci vendo essa realidade em casa e sempre admirei. Meu avô sempre foi filiado ao MDB e manteve muitas amizades. Como neta pretendo seguir nesse partido também”, comenta a aluna de Direito da Universidade Positivo, de 22 anos. Julia pretende começar sua vida política como vereadora e posteriormente se candidatar a deputada estadual.
* Em parceria com o curso de Jornalismo da Universidade Positivo, participante do Parlamento Universitário da Assembleia Legislativa do Paraná
Reintegrado após afastamento, juiz da Lava Jato é alvo de nova denúncia no CNJ
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”
Deixe sua opinião