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Redação da Gazeta do Povo, no Tarumã, em Curitiba.
Redação da Gazeta do Povo, no Tarumã, em Curitiba.| Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

Ainda antes de consultores legislativos da CPMI das Fake News admitirem equívoco no informe técnico que incluiu a Gazeta do Povo na lista de divulgadores de notícias falsas, na noite desta quinta-feira (4), políticos e autoridades do Paraná se posicionaram sobre o tema em defesa do jornalismo do veículo paranaense. Em nota conjunta, os três senadores do Paraná - Alvaro Dias (Pode), Flávio Arns (Rede) e Oriovisto Guimarães (Pode) - destacaram que “a valorização de veículos sérios, e que são reconhecidos por sua atuação profissional e dentro dos princípios da ética e do jornalismo, nunca se fez tão necessária”. “Neste sentido, destacamos a importância da Gazeta do Povo e de seus 101 anos de história, sempre marcados pela responsabilidade e pela credibilidade conquistada perante a comunidade paranaense e brasileira”, aponta trecho da nota dos senadores.

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Quem também se manifestou de forma inequívoca, na sexta-feira (05), foi o presidente da Seção Paraná da Ordem dos Advogados do Paraná (OAB-PR), Cássio Lisandro Telles, que sublinhou que o veículo "é um patrimônio da sociedade paranaense" e que o "único lugar no qual pode ser colocado é no rol dos meios de imprensa em que se pode confiar".

Vice-presidente da CPMI das Fake News, o deputado federal Ricardo Barros (PP) afirmou que a inclusão da Gazeta do Povo na lista de veículos que divulgam notícias falsas evidencia falhas nos critérios adotados para a produção de tal relatório. “É óbvio que a Gazeta do Povo não se enquadra nesta categoria”, afirmou ele, em nota. Também o coordenador da bancada do Paraná na Câmara Federal, deputado federal Toninho Wandscheer (Pros), havia observado que a inclusão da Gazeta do Povo na lista causava “estranheza”. "Há décadas acompanho a trajetória do jornal, que faz história cumprindo a missão de informar. Segue sua linha editorial com precisão e valoriza a liberdade de expressão, a democracia e as diferentes opiniões", escreveu ele.

O presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador Adalberto Xisto Pereira, o procurador-geral de Justiça do Paraná, Gilberto Giacoia, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), e o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), também se posicionaram em defesa do jornalismo praticado pela Gazeta do Povo. "A inclusão do jornal nos causou grande surpresa e estranheza. Trata-se de um centenário jornal que sempre cobriu com zelo e precisão as ações do Judiciário estadual e sempre cumpriu o papel básico do bom jornalismo profissional de ouvir as partes envolvidas", afirmou o presidente do TJ, em nota. Chefe máximo do Ministério Público do Paraná, Gilberto Giacoia escreveu que “há mais de um século o jornal Gazeta do Povo presta importantes serviços à sociedade paranaense, noticiando fatos e emitindo posicionamentos que estimulam o debate crítico sobre temas relevantes para a vida social”.

O governador do Paraná reforçou o papel da mídia tradicional e disse que "sempre estaremos ao lado da mídia séria, empenhada em informar e engajada no combate às notícias falsas”. “Os veículos da chamada mídia tradicional - com seus erros e acertos -  prestam um serviço importantíssimo. Sempre que temos uma dúvida com relação a um fato que recebemos numa rede social, no WhatsApp, etc, e queremos esclarecer, vamos checar aonde? Nos sites e veículos tradicionais. A Gazeta do Povo, bem como a imprensa paranaense em geral, faz parte dessa mídia cidadã, que presta serviço com credibilidade e independência de suas coberturas jornalísticas", declarou Ratinho Junior, em nota.

O prefeito de Curitiba afirmou que "tão melhor será o necessário combate à disseminação das fake news quanto mais bem embasado em rigorosos critérios técnicos for este trabalho”. “Um jornal com mais de 100 anos certamente não deveria ser confundido com blogs e sites de natureza obscura. Essa sólida instituição curitibana fundada pelo ilustre Plácido e Silva, posteriormente sendo comandada por Francisco da Cunha Pereira, serviu de veículo para nomes como José Wanderley Dias, Rosy de Sá Cardoso e Juril Carnascialli, chegando em tempos mais recentes ao marcante José Carlos Fernandes e ao renomado escritor Cristovão Tezza, entre outros tantos nomes importantes. Faz parte da história do Paraná”, escreveu Rafael Greca.

“Como esforçado incentivador das iniciativas curitibanas e paranaenses, espero que esta aparente e lamentável confusão da CPMI sirva para reafirmar o compromisso da Gazeta do Povo com um noticiário bem apurado, ponderado, múltiplo, transparente e aberto ao contraditório – conjunto de características que são condição para o jornalismo profissional de qualidade, uma das necessidades fundamentais do Estado Democrático de Direito", continuou Greca.

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