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Hospital do Trabalhador, referência no tratamento da Covid-19 em Curitiba.
Hospital do Trabalhador, referência no tratamento da Covid-19 em Curitiba.| Foto: Lineu Filho/Tribuna do Pararana

O Paraná bateu recorde de internamentos por Covid-19 na última terça-feira (13), com 2,7 mil pacientes em hospitais, e o quadro tende a se agravar nos próximos dias, reflexo dos encontros e viagens no fim de 2020 para comemoração do Natal e ano novo. Dependendo do volume, pode haver falta de leitos, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), que já vem registrando aumento de internações nos últimos dias.

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Em dezembro, o Paraná registrou três semanas seguidas de quedas de internamentos, resultado de medidas restritivas adotadas por estado e municípios, como o toque de recolher e combate a aglomerações. Entretanto, desde a semana passada, as internações voltaram a aumentar, o que gera preocupação.

“Podemos sim ter um problema grave, de carência de leitos, levando o paciente a esperar mais pelo internamento, o que aumenta o risco de morte. Não estamos isentos disso de forma alguma”, enfatiza o diretor de Gestão em Saúde da Sesa, o médico Vinícus Filipak.  “Podemos ter aqui o cenário de outras unidades da Federação”, complementa Filipak, referindo-se a estados que já enfrentam falta de leitos para atendimento de pacientes com coronavírus.

De acordo com Filipak, o estado praticamente não tem mais condições de abrir novos leitos. Hoje, o Paraná tem 2.959 vagas hospitalares exclusivas para Covid-19, sendo 1.190 de UTI adulta, 1.743 de enfermaria adulta, 22 de UTI pediátrica e 34 de enfermaria pediátrica. Do total de leitos, 79% já está ocupado.

“Não é por falta de recursos que não podemos abrir mais leitos. É por falta de equipes, de profissionais, principalmente de UTI. Por isso o comportamento da população vai pesar muito nesse cenário nos próximos dias. Reforçamos: acreditem nas informações da Saúde Pública, não em fake news. Todos estão cansados de meses de pandemia, mas temos que continuar nos cuidando”, enfatiza o diretor de Gestão em Saúde da Sesa.

Risco

Filipak enfatiza que mesmo que o estado tivesse capacidade de abrir leitos infinitamente, uma parcela dos pacientes internados continuaria morrendo, o que só ressalta a importância das medidas preventivas, como o uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos. Segundo o médico, 10% das pessoas que contraem o coronavírus precisam ser internadas. E aproximadamente 25% dos pacientes internados com Covid-19 morrem.

“Agora mesmo temos 2,7 mil pacientes internados. Desse total, 25%, ou seja, aproximadamente 675 pessoas têm grandes chances de não voltar mais para suas casas nos próximos dias”, ilustra Filipak.

Conforme o boletim da Sesa de terça-feira (12), o estado soma 480.128 pacientes infectados e 8.811 mortes por coronavírus desde o início da pandemia, em março de 2020.

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