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Secretário da Fazenda, Renê Garcia
Secretário da Fazenda, Renê Garcia| Foto: Orlando Kissner/Alep

A audiência quadrimestral de prestação de contas do governo estadual na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), realizada na tarde desta segunda-feira (30), foi dominada pelo debate em torno dos gastos com o funcionalismo público. O secretário de Fazenda, Renê Garcia, voltou a dizer que a administração está muito próxima do limite legal de gastos com pessoal e foi contestado por deputados de oposição.

Com base no relatório de gestão fiscal, Professor Lemos (PT) chamou de “terrorismo” o que governo estadual apresentou durante a discussão da data-base dos servidores, no primeiro semestre, apontando que os gastos com o funcionalismo ficaram abaixo do estimado. Disse que o governo havia projetado, mesmo sem considerar reajuste salarial, que as despesas com pessoal aumentariam em 7,28% em relação ao período anterior, mas alega que o crescimento de gasto com pessoal foi 1,72%. Assista ao vídeo abaixo:

O secretário rebateu, dizendo que se tratava de uma “aritmética perversa que a ideologia pode provocar”, considerou que a conta feita pelos servidores é baseada na má interpretação dos números oficiais e que os dados ali apresentados estavam desconsiderando o aumento nos gastos com inativos. Segundo Renê, não existe espaço fiscal para nenhum tipo de gasto com reposição fora do que já foi combinado – e que passa a vigorar a partir de janeiro de 2020 – e que o reajuste é um esforço dentro do orçamento estadual.

Na réplica, Lemos voltou a falar em números divergentes com os apresentados na prestação de contas, o que levou o secretário a novamente reagir. “Se eu aceitasse esse tipo de argumentação, eu estaria dizendo para vocês aqui que eu sou um débil mental, que eu sou um idiota. Porque na medida que o investimento cai R$ 800 milhões e se houvesse essa capacidade aqui apresentada de crescimento da receita, eu estaria conspirando contra o estado, como se dissesse que não vou investir nada porque estou escondendo dinheiro”, disse Renê Garcia.

O deputado petista Arilson Chiorato saiu em defesa de Lemos, falando que não via ideologia na apresentação dos dados. O parlamentar também apresentou números que o governo havia mencionado em julho, com um cenário econômico distinto apresentado na prestação de contas quadrimestral. “Se o governo entendesse que não deveria dar aumento para os servidores por estar com medo da oscilação econômica, é uma coisa. Mas usar número que não é verdadeiro para discutir não é leal”, declarou Chiorato.

Renê Garcia reiterou que os dados apresentados estavam corretos e mostram um comprometimento do orçamento do Paraná com o funcionalismo.

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