Duas reuniões realizadas ao mesmo tempo apresentaram, nesta segunda-feira (17), propostas para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do Litoral do Paraná. No Palácio das Araucárias, em Curitiba, o governo estadual anunciou, para integrantes do Ministério Público e de Organizações Não-Governamentais (ONGs), quais as bases que estão norteando as decisões de planejamento e infraestrutura voltadas para a faixa litorânea.
Já em Guaratuba aconteceu a primeira oficina da fase final do Plano de Desenvolvimento Sustentável (PDS) – iniciativa custeada pelo Banco Mundial que está reunindo sugestões de como a região pode ser melhor para as pessoas e para o meio ambiente. Nesta terça (18) e quarta-feira (19) estão marcadas reuniões nos mesmos moldes em Antonina e Paranaguá.
Em Curitiba
No que foi denominado como reunião de alinhamento e uma chamada ao diálogo, as secretarias estaduais de Planejamento, de Infraestrutura e Logística e de Desenvolvimento Sustentável divulgaram o conjunto de obras previstas para o Litoral do Paraná. O encontro foi projetado para ter dois dias, mas foi encurtado para uma tarde para que os participantes pudessem participar das oficinas do PDS no Litoral.
Com a redução do tempo, propostas foram apresentadas pelo governo de forma sucinta, sem a apresentação de detalhes e sem a possibilidade de debates – o que deve acontecer num segundo momento, de acordo com o compromisso assumido pelo governo.
Na lista de obras anunciadas estão algumas atualmente impedidas por ordens judiciais, como uma nova ligação rodoviária de Antonina com a BR-277, sem passar por Morretes, a chamada PR-340. A maior parte dos projetos pretendidos já é de conhecimento geral, como a ponte de Guaratuba, a engorda da praia de Matinhos e trecho paranaense da BR-101. As bases das propostas, especialmente para o setor portuário, são do Zoneamento Ecológico-Econômico, controverso documento que foi definido por decreto na gestão Beto Richa (PSDB), em 2016.
Do ponto de vista governamental, a ideia clara da reunião em Curitiba foi buscar uma aproximação com entidades que poderiam questionar os projetos, especialmente na Justiça. “Estamos trazendo para a mesa todos os envolvidos, principalmente o Ministério Público, demonstrando um novo momento de governo, de diálogo, de gestão compartilhada”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex de Oliveira. Segundo ele, alguns projetos são consensuais e outros são alvos de questionamentos, que devem ser afinados nos debates que serão marcados para um futuro breve.
No Litoral
O PDS, estudo que mapeou necessidades e está construindo cenários futuros para o modelo de desenvolvimento sustentável para o Litoral, está entrando na reta final. Nesta semana, está sendo apresentado o resultado das sugestões que surgiram nos últimos meses, em diversas dinâmicas realizadas com moradores e representantes de entidades.
São 144 projetos, que a partir de agora serão refinados, a partir das conversas que estão sendo travadas. Em julho devem acontecer as audiências públicas que debaterão o conteúdo final do documento, a ser entregue para o governo estadual, para nortear investimentos e políticas públicas para a região litorânea.
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