O xadrez político nacional já interfere nas alianças que estão sendo costuradas nas capitais brasileiras para as eleições de novembro. Em Curitiba, o primeiro sinal disso está no apoio do PSDB à candidatura do deputado estadual Fernando Francischini (PSL) para a prefeitura da capital. Fontes da cúpula nacional do PSDB relataram à Gazeta do Povo que já há um acordo para que os tucanos em Curitiba fechem uma aliança com Francischini. Em troca, o PSL de Francischini deve apoiar candidaturas tucanas em duas capitais, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e em Teresina, no Piauí.
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Com a segunda maior bancada de deputados federais em Brasília – perdendo apenas para o PT –, o PSL sai com um Fundo Eleitoral turbinado para as eleições de novembro próximo, com mais dinheiro para as campanhas eleitorais de filiados e aliados. Em Porto Alegre, o atual prefeito, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), deve tentar a reeleição, com o respaldo do PSL. Em Teresina, o grupo político liderado pelo atual prefeito, Firmino Filho (PSDB), deve indicar um nome para a disputa, também com apoio do PSL.
Em Curitiba, o PSDB chegou a ensaiar candidatura própria, com Edson Lau na cabeça de chapa. Ligado à Juventude do PSDB, Lau atuava como assessor do bloco do PSDB na Assembleia Legislativa, comandado pelo deputado estadual Michele Caputo, e chegou a se desincompatibilizar do cargo público para disputar as eleições de novembro. Na noite desta quinta-feira (20), contudo, Lau comunicou a correligionários que não vai mais se lançar candidato.
Sem afinidade com Francischini, Lau não deve ser indicado para compor a chapa como candidato a vice. Lau possivelmente assumirá alguma nova função dentro do partido político, em âmbito nacional.
Embora relatem preferir a candidatura própria, tucanos em Curitiba reconhecem a força da cúpula do partido político nas decisões regionais. A aliança com o PSL também ganhou corpo por influência do deputado federal paranaense Felipe Francischini, que é filho de Fernando Francischini e líder do bloco do PSL na Câmara dos Deputados. A família Francischini também é bastante próxima do presidente nacional do PSL, o deputado federal por Pernambuco Luciano Bivar.
Em Curitiba, a possível aliança entre PSDB e PSL também representa uma derrota a Rafael Greca (DEM), que teve o apoio dos tucanos nas eleições de 2016, inclusive com a indicação de Eduardo Pimentel na cadeira de vice. Recentemente, Pimentel trocou o PSDB pelo PSD do governador do Paraná, Ratinho Junior, mas a sua permanência na chapa de Greca ainda é uma incógnita, já que o deputado federal Ney Leprevost garante que vai sair candidato a prefeito de Curitiba pelo PSD.
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