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Aeroporto de Bacacheri
Aeroporto de Bacacheri, no bairro Bacacheri, em Curitiba| Foto: Antônio More/Arquivo/Gazeta do Povo

O Aeroporto de Bacacheri, localizado no bairro de mesmo nome, em Curitiba, é o menor do Bloco Sul, arrematado pela CCR no leilão realizado no último dia 7. Fundado em 1930 como uma base aérea militar, passou ao Ministério da Aeronáutica em 1942 e à Infraero em 1980. Agora será concedido à iniciativa privada e receberá obras de melhoria. A previsão de investimentos é de R$ 43 milhões até o fim da concessão, em 2050.

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Apesar da intervenção, se manterá exclusivamente na aviação geral, sem receber voos regulares de passageiros, apenas recebendo pequenas e médias aeronaves executivas. São aviões particulares e militares, de empresas de táxi-aéreo e de escolas de aviação. É o único do bloco com essa configuração.

Aeroporto deve ter aumento de 50% nos pousos e decolagens

Os investimentos serão destinados a adequações na pista de decolagem e nas faixas de taxiamento e ampliação do terminal de aviação geral e do pátio de aeronaves, que passará a abrigar 38 aviões. Hoje a capacidade é de 16 aeronaves.

Em relação à movimentação, projeta-se um aumento de cerca de 50%, passando dos 27 mil pousos e decolagens registrados em 2019 para 56 mil em 2050. Em 2018, o aeroporto recebeu 63 mil passageiros. Até o final da concessão devem ser 112 mil, com taxa de crescimento anual média de 2,1% no período.

“Foi importante o Bacacheri ter entrado junto no bloco de licitação porque pelo fato de ser um aeroporto de pequena escala não se viabilizaria sozinho”, observa Marcos Domakoski, presidente do Movimento Paraná Desenvolvimento, que reúne lideranças do Estado e que esteve à frente da defesa da modernização dos aeroportos do Estado. “É um terminal de apoio que, melhorado, vai também contribuir para o crescimento dos negócios”, afirma.

Aeroporto de Bacacheri é pequeno, mas superavitário

Mesmo não recebendo a aviação comercial, o Aeroporto de Bacacheri é lucrativo. De acordo com dados da Infraero, em 2018 o terminal gerou R$ 8,9 milhões de receita, com uma margem de lucro de 26%. As projeções apresentadas no estudo de viabilidade, que consta do edital de licitação, projetam receitas anuais de R$ 20 milhões ao longo do período de concessão.

Do Bloco Sul, além do Bacacheri, os aeroportos Afonso Pena (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Navegantes (SC) são superavitários. Os demais, Joinville (SC), Londrina (PR), e os três do Rio Grande do Sul (Bagé, Pelotas e Uruguaiana) têm desempenho negativo.

A previsão é que entre 2023 e 2050, as receitas do Aeroporto de Bacacheri cresçam a uma taxa média de 2% ao ano. De acordo com o estudo, o fluxo de caixa é positivo e crescente ao longo da maior parte da concessão, à exceção dos ciclos de investimento, que demandarão o aporte de recursos.

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