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Ratinho Junior em coletiva no Hospital do Rocio
Ratinho Junior em coletiva no Hospital do Rocio| Foto:

O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o secretário de Saúde, Beto Preto anunciaram, na manhã desta quinta-feira (09) o isolamento de mais 52 leitos de UTI para tratamento exclusivo de pacientes infectados pelo coronavírus. Com os leitos, disponibilizados pelo Hospital do Rocio, de Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba), a estrutura do estado para o enfrentamento da Covid-19 chega a 418, segundo o secretário.

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Com 196 leitos de UTI no total, Hospital do Rocio isolou quatro alas (52 leitos) para atendimento exclusivo às vítimas da pandemia. Além disso, 212 leitos de enfermaria também foram reservados. Destes leitos de UTI, 14 já estão ocupados por pacientes com quadro respiratório grave, sendo que, destes, sete já tiveram o diagnóstico confirmado da doença.

“É um hospital privado, tem dono, mas sabe de sua missão. É a maior estrutura de UTI da América Latina sendo colocada à disposição do Paraná para o enfrentamento desta crise. Será um hospital estratégico nesta guerra”, destacou o governador. “Nossa estratégia segue sendo a de fazer uma rede de atendimento em todo estado, na estrutura que já temos, sem improvisos. Por isso, estamos entregando três hospitais que estavam em obras, em Telêmaco Borba, em Ivaiporã e em Guarapuava. Esse dois últimos deveriam ficar prontos em dezembro e entregaremos em 30 dias”, anunciou. Ratinho Jr. lembrou que a disputa contra a doença não se compara a uma prova de 100 metros, mas uma maratona, pelo tempo que poderá durar.

O secretário Beto Preto reforçou que, com exceção do já implementado em Cascavel, o estado evitará a construção de hospitais de campanha. “A estratégia é a ampliação de leitos de UTI e enfermaria por todo o estado, dentro de hospitais públicos, filantrópicos e privados. Assim aproveitamos a estrutura, a capacidade técnica, os recursos humanos. Tínhamos 317 leitos há 15 dias. Agora, temos 418. Outros 500 estão sendo preparados, mas ainda faltam equipamentos, pois faltam ventiladores no mundo todo. Mas estamos aguardando um repasse do Ministério da Saúde e nossas compras internacionais”, afirmou, agradecendo a colaboração dos serviços de saúde do estado. “Os hospitais paranaenses estão respondendo com muita firmeza, registro de agradecimento não só à direção, mas ao corpo técnico de cada uma dessas estruturas. O número de casos vai crescer, mas temos que continuar trabalhando, estudando e avaliando para passar por esse momento. Dos 550 casos, já temos mais de 200 recuperados”, concluiu.

Isolamento x quarentena

O governador Ratinho Junior foi novamente questionado sobre a eficácia das medidas de isolamento social determinadas pelo estado, sobre o prazo de validade do decreto estadual e sobre a eventual necessidade de estabelecer quarentena no estado. “Nosso decreto não tem data definida porque não temos um prazo exato de quando a pandemia vai acabar. Não fizemos um decreto com proibição pro todos os nichos de trabalho, de mercado. Fizemos uma orientação para manter o que é essencial para o dia a dia e orientação para o que poderia fechar. O comércio de Curitiba, por exemplo, quem decidiu fechar foi a Associação Comercial. O mais importante é manter a consciência do cidadão de que evite sair de casa. O freio que fazemos em alguns setores é para não lotar as ruas, com uma preocupação especial com o transporte público”, disse.

“É o remédio que o mundo está adotando e não podemos deixar de fazer. Itália, Espanha, Nova York, muito mais ricos que nós, em colapso, porque não houve esse cuidado. Não podemos asfixiar nosso desenvolvimento econômico, mas temos que evitar muitas pessoas nas ruas para que o vírus se propague de forma controlada”, acrescentou o governador, dizendo que sua equipe faz análises diárias para avaliar a necessidade de medidas mais rígidas ou a possibilidade de abrandar as determinações. “A análise de se fechar mais ou não é o gatilho diário. Se percebermos aumento de casos e aumento do fluxo de pessoas, será tomada uma decisão mais drástica. Por enquanto, seguimos insistindo na didática e no bom senso das pessoas”, conclui.

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