Quando a diretoria da Agência Reguladora de Serviços Delegados do Paraná (Agepar) se reunir na manhã desta terça-feira (3), para analisar o pedido de reajuste anual feito pelas concessionárias de rodovias que atuam no Anel de Integração, nem todos os números necessários para a avaliação estarão sob a mesa.
É que a própria Agepar alega que encontrou dois erros na fórmula como o pedágio vinha sendo calculado ao longo das últimas duas décadas e determinou que todas as contas fossem refeitas pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR). Os casos vieram a público em setembro e outubro, em reportagens da Gazeta do Povo.
Contudo, o DER-PR afirmou que não teve tempo hábil para o recálculo. Na época em que a situação veio à tona, o órgão estatal já afirmava que não tinha mão de obra disponível para o volume de trabalho necessário.
Assim, quando os pedidos de reajuste anual foram apresentados pelas seis concessionárias, em novembro, o DER-PR se limitou a verificar se os índices baseados na inflação do setor rodoviário foram aplicados corretamente. Ainda assim, a análise da reposição inflacionária atrasou e não foi aplicado o reajuste na data contratual (1º de dezembro).
A estimativa é de que, caso seja concedido, o reajuste será aplicado a partir do dia 5 de dezembro. E, somente mais à frente, é que será debatido se a forma como foram calculadas as tarifas de pedágio nos últimos 20 anos está correta ou se será necessário algum ajuste.
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