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Ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB)
Ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB)| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

A possibilidade de o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) retornar ao jogo eleitoral foi criticada pela maioria dos 413 leitores que responderam à enquete da Gazeta do Povo sobre o tema. Em meados deste ano, o tucano começou a ser visto em encontros com correligionários depois de mais de dois anos longe dos holofotes - e uma possível candidatura no próximo ano passou a ser ventilada. Com 56 anos, Beto Richa já foi deputado estadual, prefeito de Curitiba e governador do Paraná, mas, desde 2018, enfrenta um período turbulento na vida política.

Para 72% dos leitores, o retorno do tucano “é lamentável diante dos oito processos que ele responde por corrupção e outros crimes”. Mas, para 19%, uma candidatura ao pleito de 2022 “é direito dele, já que não existe nenhuma condenação definitiva na Justiça”. Para uma minoria, apenas 9%, uma inscrição do tucano na disputa “não vai fazer diferença no cenário político atual”.

Apenas na esfera criminal, Beto Richa se tornou réu em oito ações entre 2018 e 2019, no bojo da Operação Rádio Patrulha, Operação Integração, Operação Piloto e Operação Quadro Negro. Ele nega os crimes apontados pelo Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR) e pelo Ministério Público Federal (MPF), como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Ele também chegou a ter seu nome citado no âmbito da Operação Publicano, mas a investigação foi barrada: no início de 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que a homologação da delação do ex-auditor fiscal Luiz Antônio de Souza não poderia ter sido feita por um juiz de primeiro grau, em função do foro especial de Beto Richa, e enterrou o inquérito.

Os escândalos de corrupção também atingiram pessoas próximas a ele, como os ex-secretários de estado Ezequias Moreira e Deonilson Roldo, o ex-diretor na secretaria de Educação Maurício Fanini, o empresário Jorge Atherino, o irmão José Richa Filho (também ex-secretário de estado) e o primo Luiz Abi Antoun. Com exceção de Fanini, que se tornou delator e admitiu ilicitudes, os demais alegam que não cometeram os crimes apontados nas acusações.

Ainda não há sentença em nenhuma das ações penais nas quais Beto Richa é réu, mas o desgaste político o atingiu já nas eleições de 2018, quando chegou a ser preso por alguns dias em plena campanha eleitoral ao Senado. Naquele pleito, ele fez 377.834 votos e ficou em sexto lugar na disputa. Era a primeira derrota eleitoral desde 2001.

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