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Ricardo Barros
Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O escritório do líder do governo na Câmara Federal, Ricardo Barros (PP) foi alvo de cumprimento de mandado de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (16), em Maringá, no norte do Paraná. A ação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná, com o apoio da Polícia Civil.

Além do escritório de Barros, há um mandado de busca em São Paulo contra Delmo Sérgio Vilhena, que é investigado por desvio de verbas na compra de equipamentos. O MP estaria investigando a relação de Vilhena com Barros e sua esposa Cida Borgheti (PP), ex-governadora do Paraná.

Segundo o Ministério Público do Paraná, estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Curitiba, Maringá, Paiçandu e São Paulo. A investigação apura os crimes de lavagem de dinheiro e corrupção para facilitar negócio no ramo de energia eólica. As ordens judiciais, expedidas pela 12ª Vara Criminal da capital paranaense, estão sendo cumpridas num escritório de contabilidade e em outros três endereços comerciais (onde funcionam quatro empresas), além de quatro residências, informa o MP.

O órgão ainda explica que a investigação no Ministério Público do Paraná foi iniciada a partir da remessa de peças por parte do Supremo Tribunal Federal, em novembro de 2019, decorrentes de colaboração premiada feita no âmbito da Operação Lava Jato. A apuração refere-se a fatos ocorridos entre o final de 2011 e o ano de 2014.

Em acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato, o ex-presidente da Galvão Engenharia Dário Queiroz Galvão Filho afirmou ter feito doações eleitorais de R$ 5 milhões ao PP, por intermédio de Ricardo Barros para conseguir se aproximar do então secretário de Indústria e Comércio do governo do Paraná e viabilizar a venda da participação da empreiteira na São Bento Energia à Companhia Paranaense de Energia (Copel). Quando detalhes da delação forma tornados públicos, Barros alegou que nunca teve nenhuma influência sobre a gestão da Copel e que só recebeu da Galvão Engenharia doações eleitorais lícitas e registradas no Tribunal Superior Eleitoral.

Nesta quarta-feira, Ricardo Barros manifestou-se em nota, afirmando estar tranquilo e em total colaboração com as investigações. “O parlamentar reafirma a sua conduta ilibada e informa que solicitou acesso aos autos do processo para poder prestar mais esclarecimentos à sociedade e iniciar sua defesa. Ricardo Barros, relator da Lei de Abuso de Autoridade, repudia o ativismo político do judiciário”, diz a nota.

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