O rodízio de abastecimento de água ficará mais rigoroso em Curitiba e em outras 10 cidades da região a partir de sexta-feira (14). A Sanepar informou que interromperá o fornecimento por 36 horas (24 horas sem abastecimento e mais até 12 horas para a retomada) e a população terá água por 36 horas. Assim, os municípios que dependem do sistema integrado de abastecimento, formado por quatro reservatórios e mais o rio Miringuava, foram divididos em três grupos, com 1,2 milhão de pessoas cada, para o sistema de rodízio. Atualmente, os moradores tinham a interrupção de abastecimento uma vez a cada cinco dias.
RECEBA notícias do Paraná pelo WhatsApp
Durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (11), a empresa informou que não descarta medidas mais drásticas, como 48 horas de interrupção e 24 horas de fornecimento, caso a população não passe a economizar água. Em breve, um número de telefone para denúncias de desperdício será disponibilizado. Segundo a Sanepar, como muitas pessoas contam com caixas d'água e não chegavam a perceber a interrupção do fornecimento, que voltava antes que o reservatório doméstico ou comercial se esvaziasse, nem chegavam a poupar água. Parte da coletiva foi destinada a dar dicas de como economizar, destacando que ações como lavar carros e calçadas não são essenciais e deveriam ser deixadas de lado no momento.
A Sanepar informou ainda que adiou a tomada de medidas mais drásticas considerando o momento da pandemia do novo coronavírus, que exige medidas de higiene frequentes, como a lavagem das mãos. Mas que agora não foi mais possível protelar, tendo em vista que a estimativa inicial era de que os reservatórios chegassem a 25% da capacidade em setembro, mas no início de agosto já estão próximos do patamar (o nível está em 28,8¨%). A empresa declarou que há uma previsão para que chova 111 milímetros na região dos mananciais nas próximas semanas, o que garantiria mais um mês de abastecimento.
A previsão do Simepar é de que as chuvas no Paraná continuem abaixo da média histórica até fevereiro de 2021. A estimativa aponta para um cenário de crise hídrica ainda mais severa num estado que já registra índices baixos ao longo dos últimos dois anos, com estiagem mais perceptível a partir do começo de 2020. A situação provocou a queda no nível dos reservatórios usados para o abastecimento da população. O conjunto de represas que fornecem água para Curitiba e 10 cidades da região está com 29% da capacidade. Quando o rodízio começou, em março, o nível era de 68%. Ou seja, ao longo de cinco meses, mesmo com medidas de economia, foi consumido o equivalente a um terço das reservas.
Parte da esperança de solução estava depositada no prognóstico de chuvas mais volumosas a partir da primavera, mas como a previsão mudou, a Sanepar anunciou que tomaria uma série de atitudes para além das já efetivadas, como a captação em pedreiras e cavas e a transposição de rios. Durante a coletiva, a empresa disse que não tem mais "cartas na manga". Há a previsão de que, no ano que vem, quando a barragem do rio Miringuava fique pronta, a capacidade de reservatório de água para Curitiba e região seja ampliada, mas até lá será preciso contar com a estrutura disponível. O rodízio só será suspenso a partir da retomada de mais de 60% do nível dos reservatórios, o que deve acontecer apenas em 2021.
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Leia o relatório completo da Câmara dos EUA que acusa Moraes de censurar direita no X
-
Revelações de Musk: as vozes caladas por Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
-
Mundo sabe que Brasil está “perto de uma ditadura”, diz Bolsonaro
Reintegrado após afastamento, juiz da Lava Jato é alvo de nova denúncia no CNJ
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”
Deixe sua opinião