A secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, comentou nesta quarta-feira (25) a ação do Ministério Público do Paraná (MP) que questiona os critérios para definir as bandeiras na pandemia de coronavírus. Segunda-feira (23), a Promotoria de Proteção à Saúde Pública do MP pediu para antecipar o julgamento do processo aberto em agosto, logo após a prefeitura flexibilizar diversas atividades com mudança da bandeira laranja para amarela.
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Na ação, a promotoria pede à prefeitura que “oriente-se, paute-se e execute posturas a partir de matriz de risco adequada à prevenção e ao enfrentamento da Covid-19”. Sexta-feira (20), a prefeitura de Curitiba estendeu por mais sete dias a bandeira amarela, que terá a permanência reavaliada na próxima sexta (27).
“Os parâmetros são claros, matemáticos e publicados diariamente. É uma conta matemática. Felizmente, ninguém aqui tem o poder de puxar a bandeira para lá ou para cá”, enfatizou a secretária de Saúde em entrevista ao Meio Dia Paraná da RPC nesta quarta. “Essa é a terceira ação do Ministério Público [em relação às bandeiras em Curitiba]. A Justiça já não aceitou as outras duas porque os parâmetros são claros”, reforça Márcia Huçulak.
Curitiba chegou terça-feira (24) a 90% de ocupação dos leitos de UTI exclusivos de Covid-19. Semana passada, quando a ocupação das UTIS estava em 87%, a prefeitura suspendeu cirurgias eletivas – sem urgência – em 12 hospitais do SUS justamente para reforçar os leitos de coronavírus, decisão que foi estendida para os hospitais particulares nesta quarta-feira, após três unidades particulares colapsarem.
Em entrevista à Gazeta do Povo quinta-feira (18), o diretor do Centro de Epidemiologia da prefeitura, Alcides Oliveira, ressaltou que a reativação de leitos exclusivos para pacientes com coronavírus é o que mais impactou para que a bandeira não fosse mudada de amarela para laranja na última sexta.
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