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Senadores paranaenses falam em crime de responsabilidade de Bolsonaro e apoiam Moro
| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Os três senadores da bancada do Paraná, Alvaro Dias (PODE), Flávio Arns (REDE) e Oriovisto Guimarães (PODE), foram unânimes no apoio ao ex-juiz federal Sergio Moro, que na tarde desta sexta-feira (24) deixou a pasta da Justiça e Segurança Pública alegando tentativa de interferência do presidente da República, Jair Bolsonaro, na atuação da Polícia Federal. Alvaro e Arns também falaram em “crime de responsabilidade” do presidente da República.

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Líder do Podemos no Senado, Alvaro Dias disse que “mais graves do que a demissão são os crimes denunciados”. “Moro aponta fundamentos do crime de responsabilidade praticado pelo presidente. Inquéritos em andamento estimularam demissão de Valeixo”, escreveu em seu perfil no Twitter. Alvaro Dias também apontou “crime de falsidade ideológica”, em referência à demissão de Valeixo com “a caneta de Moro”.

A legenda de Alvaro Dias se manifestou em nota oficial, com elogios a Moro. “Sergio Moro foi um verdadeiro titã e, pelos serviços prestados, já deixou marca inapagável na história institucional do país. O preço de uma sociedade mais justa é a luta permanente. A saída do ministro Sergio Moro do governo, uma opção do presidente da República, representa o afastamento do governo Bolsonaro do sentimento popular e do combate à corrupção. É a derrota da ética. Estamos certos de que Sérgio Moro continuará esse bom combate, agora em outra esfera. De nossa parte, esperamos e estaremos atentos para que as mudanças não coloquem em risco os avanços obtidos e que o Brasil seja um país mais igual e justo”, diz trecho.

Assim como Alvaro Dias, Flávio Arns também apontou crime de responsabilidade do presidente Bolsonaro e disse que a atitude do chefe do Planalto “fere de morte a confiança dos brasileiros”. “O pronunciamento do ex-ministro Sergio Moro ao anunciar sua saída nos trouxe a indicação de diversos crimes de responsabilidade. Interferência política com o objetivo de intervir em investigações da Polícia Federal é fato gravíssimo. O Brasil não pode aceitar os retrocessos apontados na fala de Moro”, disse, em nota oficial.

Arns também falou sobre “um enorme sentimento de dúvida sobre o futuro”: “A saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública é mais uma lástima que se acumula em meio a tantas crises que estamos vivenciando em nosso país. O que esperar agora? Polícia Federal sem comando técnico? Mais retrocessos no combate à corrupção?”.

Na nota oficial, o senador ainda fez elogios a Moro. “Estamos e sempre estivemos junto com Sergio Moro por confiar no seu brilhante e obstinado trabalho no combate à corrupção que, a partir da Operação Lava Jato, ajudou a escrever uma nova página na história do Brasil. Pela primeira vez na história não se escolheu quem seria punido, a justiça foi feita independente de cargo ou classe social”, escreveu ele.

Já o senador Oriovisto divulgou um vídeo no Facebook, no qual diz que é “fã absoluto de Sergio Moro” e que “não quero ver o fim da autonomia da Polícia Federal nas importantes investigações que realiza”. “As razões da saída estão muito claras. Fez o que era certo. Não se pode compactuar com a interferência política na PF. Não se pode abandonar os seus próprios princípios para preservar o cargo. Moro mais uma vez me enche de orgulho, como paranaense, como brasileiro. Ele dá o exemplo de alguém que prefere não ter cargo algum, sem emprego, em dificuldade, do que simplesmente abrir mão a princípios”, falou Oriovisto.

Veja as manifestações dos senadores nas redes sociais

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