No socorro do governo federal aos estados e municípios brasileiros, desenhado na esteira da crise do coronavírus, o Paraná deve receber R$ 1,717 bilhão para “uso livre” e mais R$ 269 milhões para ações específicas na área da saúde. A estimativa é da Câmara dos Deputados e tem como base a versão aprovada pela Casa na terça-feira (5) do projeto de lei complementar 39/2020.
Nesta quarta-feira (6), o texto volta para o Senado, onde é possível que haja modificações.
O projeto de lei complementar prevê um total de R$ 125 bilhões, em quatro meses, para os estados, o Distrito Federal e os municípios. Parte da ajuda vem da suspensão de pagamento de dívidas com a União e com a Previdência Social, na ordem de R$ 65 bilhões. A outra parte – R$ 60 bilhões – servirá para a área da saúde e também para compensar a queda na arrecadação.
A fatia da saúde será distribuída entre os estados de acordo com o número de casos registrados de Covid-19, mas o critério de rateio tem gerado debate e pode ser um dos pontos alterados pelos senadores nesta quarta-feira (6).
Congelamento de salário
Entre as principais contrapartidas ao socorro financeiro, é o congelamento de salários do funcionalismo. O texto da Câmara dos Deputados proíbe a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios de concederem qualquer tipo de reajuste ou aumento nos salários até o final de 2021, assim como a realização de concursos e a criação de cargos.
Mas os deputados federais excluíram do congelamento os salários dos servidores civis e militares dos setores de saúde e segurança pública, trabalhadores da educação, da assistência social e da limpeza pública, entre outros. O ponto também é controverso em Brasília e pode ser alterado no Senado, com a redução do número de categorias excluídas do congelamento.
No Paraná, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) já tinha determinado no final de março, por decreto, a suspensão das concessões de progressões e promoções de servidores públicos.
Paraná
Procurada pela Gazeta do Povo nesta quarta-feira (6), a secretaria da Fazenda do governo do Paraná informou que a pasta só deve fazer uma avaliação sobre o socorro da União após a sanção do projeto de lei complementar. No último dia 30, a Fazenda divulgou que o Paraná chegou a perder R$ 420 milhões na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em abril de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019.
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Reintegrado após afastamento, juiz da Lava Jato é alvo de nova denúncia no CNJ
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”
Deixe sua opinião