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Um dos sete freezers e baixíssima temperatura que serão usados para armazenar vacinas da Pfizer no Paraná.
Um dos sete freezers e baixíssima temperatura que serão usados para armazenar vacinas da Pfizer no Paraná.| Foto: Américo Antonio/SESA

O Paraná vai receber até semana que vem o primeiro lote de vacinas da Pfizer da Covid-19 enviado pelo Ministério da Saúde, cujas doses devem ser armazenadas em temperaturas baixíssimas, de -70°C. Toda a carga será encaminhada para Curitiba, já que por decisão do governo federal essas vacinas serão destinadas em um primeiro momento apenas para as capitais pela capacidade de armazenamento das doses a baixíssimas temperaturas. O Brasil adquiriu 100 milhões de unidades da vacina, cuja primeira remessa de um milhão deve chegar sexta-feira (30) ao país.

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"A vacina da Pfizer vem se somar a um esforço que já existe das vacinas Coronavac do Butantan e Astrazeneca da Fiocruz na imunização da Covid-19”, enfatiza o secretário estadual de Saúde Beto Preto ao receber o 15º lote de vacinas nesta quinta-feira.

O número de doses da Pfizer que vai chegar, entretanto, ainda está incerto. A prefeitura afirma que deve receber 32.760 ampolas. Já o secretário estadual de Saúde disse que a previsão é de que entre 20 mil e 25 mil doses sejam entregues à capital.

Para armazenar as vacinas, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) conta com nove freezers, sete deles de baixíssima temperatura, capazes de refrigerar a -80°C. Além disso, o Paraná vai receber do Ministério da Saúde outros seis refrigeradores de ultrabaixa temperatura, mas ainda sem data definida.

Os sete freezers de baixíssimas temperaturas são das unidades de Londrina e Ponta Grossa do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), que transferiram seus estoques de insumos para os refrigeradores de outras unidades. Dois dos equipamentos já foram levados ao Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), unidade no bairro Jardim Botânico que concentra todo o estoque de remédios e vacinas do estado. Os outros dois freezers são de temperatura de -20°C do próprio Cemepar.

O Hemepar ainda tem mais cinco freezers de baixíssima temperatura em Pato Branco, Umuarama, Campo Mourão, Guarapuava e Cascavel que podem ser cedidos para o armazenamento de doses da Pfizer em Curitiba se for necessário.

Aplicação em Curitiba

A vacinação com ampolas da Pfizer em Curitiba será toda concentrada no pavilhão do Parque Barigui, que conta com uma sala climatizada para preparar as doses para aplicação. Na tarde desta quinta, técnicos da Secretaria Municipal de Saúde receberão capacitação on-line do Ministério da Saúde para fazer a aplicação.

A prefeitura de Curitiba não possui refrigeradores de baixíssima temperatura. Entretanto, a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, afirma que vai receber as doses ultracongeladas, podendo ser mantidas por até cinco dias nos refrigeradores do município, com capacidade entre -2°C e -8°C. Como a quantidade deste primeiro lote não é grande, a secretária afirma que vai aplicar tudo em um único dia.

"A vacina chega para a gente no processo de descongelamento até ser aplicada", explica a secretária. Entretanto, se precisar, Márcia afirma que algumas universidades, entre elas a Evangélica Mackenzie, se dispuseram a ceder suas geladeiras de ultrabaixa temperatura.

Ao ser descongelada, a vacina da Pfizer precisa ser diluída em uma solução de cloreto de sódio antes de ser aplicada. Após a diluição, a dose tem que ser aplicada no prazo máximo de seis horas. Do contrário, a ampola tem que ser descartada.

As seringas e agulhas são de alta precisão, diferentes das usadas na vacinação da Coronavac e Astrazeneca. O Ministério da Saúde vai entregar junto com as vacinas as seringas, agulhas e diluente da Pfizer.

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