A Universidade Positivo (UP), a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e a Universidade Tuiuti do Paraná decidiram suspender as aulas para evitar o contágio de coronavírus. Domingo (15), em reunião de reitorias de nove universidades com as secretarias Estadual e Municipal de Saúde, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) já haviam decidido suspender as aulas a partir desta segunda-feira (16) por 14 dias.
A UP vai ficar 12 dias sem atividades, de terça-feira (17) até o dia 29 de março. “Aulas, trabalhos, atividades e estudos por meios virtuais serão realizados, nos termos de instruções que serão dadas. Seguiremos tratando com os órgãos públicos de saúde e, ao final desse período de suspensão, nova decisão será tomada”, informa a UP em nota.
Apesar da suspensão das aulas, os setores administrativos e a biblioteca da Positivo continuarão abertos, mas, segundo a universidade, “ respeitando os procedimentos sobre aglomerações, situações de suspeita e outras, com o objetivo de combater a propagação do vírus”, informa a UP.
A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e a Universidade Tuiuti do Paraná também decidiram suspender suas aulas presenciais. Na Tuiuti, a suspensão começou já nesta segunda-feira. Na PUC, vale somente para Curitiba e a partir de quinta-feira (19) -- nos outros campi da universidade, em Londrina, Maringá e Toledo, as aulas estão mantidas.
Durante a reunião dos reitores, domingo, as secretarias Estadual de Saúde (Sesa) e Municipal de Saúde de Curitiba (SMS) já haviam se mostrado contrárias à decisão de as universidades suspenderem as aulas.
Secretarias não concordam
“Tanto a SMS como a Sesa defenderam que, considerando a situação epidemiológica atual de Curitiba e do Paraná, em que há apenas casos importados e não há evidências de transmissão sustentada do novo coronavírus, não está recomendada a suspensão das aulas neste momento”, diz texto publicado no site da prefeitura de Curitiba.
“As instituições de saúde, porém, ressaltam que a recomendação pode ser alterada a qualquer momento, a depender da evolução da epidemia no estado e no município. De acordo com a SMS e Sesa, a suspensão das aulas será recomendada quando houver evidências de transmissão comunitária”, prossegue a nota no site da prefeitura.
Sábado (14), o próprio prefeito Rafael Greca (DEM) afirmou que as aulas na rede municipal de ensino não seriam suspensas porque os casos de contaminação na cidade ainda não teriam chegado a este nível. “Por enquanto, não vejo motivo para sufocar a cidade. Caso haja uma orientação diferente [dos médicos especialistas], reavaliaremos a decisão”, declarou o prefeito sobre as aulas nas escolas municipais.
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