A Universidade Federal do Paraná (UFPR) fechou acordo com o governo do estado para continuidade da pesquisa da vacina Covid-19 desenvolvida por pesquisadores da entidade.
O acordo com a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) prevê o financiamento de R$ 700 mil por parte do governo com contrapartida de R$ 35 mil da própria UFPR. Também está previsto que após o fim dos estudos iniciais a pesquisa vá para o Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar).
Receba notícias do Paraná no seu WhatsApp
"Esperamos até o fim do ano concluir a fase pré-clínica para depois começar a fase clínica", enfatizou o reitor em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (22), em que o Hospital de Clínicas da UFPR anunciou a criação de um centro multiprofissional para atendimento de pacientes com sequelas da Covid-19.
Segundo Fonseca, o dinheiro será usado para financiar bolsas de estudos de três pesquisadores pós-doutores além de insumos para a fase pré-clínica da pesquisa da vacina da Covid-19 da Universidade Federal do Paraná. A seleção dos pesquisadores que receberão as bolsas será por edital da Fundação Araucária, órgão de fomento à pesquisa científica no Paraná.
O reitor lembrou que sem recurso de fora seria impossível qualquer universidade desenvolver vacina, citando o caso da Universidade de Oxford, na Inglaterra, que recebeu aporte do laboratório Aztrazeneca para desenvolver a sua vacina, uma das duas que está sendo aplicada no Brasil.
"A ciência precisa ser financiara para ter resultado. Nenhuma universidade desenvolve vacina sozinha", ressaltou o reitor. "Na fase clínica vamos precisar de outra ajuda e na fase de produção, mais ajuda", finalizou Fonseca, que ainda afirmou que a vacina da UFPR é uma das cinco em estágio mais avaçado das pesquisadas nas universidades brasileiras.
Vacina mais barata
A vacina paranaense da Covid-19 não vai precisar de insumos importados, o que reduz consideravelmente seu preço final. É justamente a necessidade do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importado que tem dificultado a produção no Brasil tanto da Coronavac, quanto da vacina da Astrazeneca. "Nossa vacina terá insumos mais baratos e completamente nacionais", reforça o reitor da UFPR.
Os pesquisadores da UFPR trabalham com uma técnica inédita para imunização contra o coronavírus. Na vacina que está sendo desenvolvida no Paraná, é usado o polihidroxiburitano (PHB), um tipo de polímero inócuo produzido por bactérias que é recoberto com a proteína spike, responsável por ligar o coronoavírus às células, provocando a infecção por Covid-19.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Reintegrado após afastamento, juiz da Lava Jato é alvo de nova denúncia no CNJ
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”
Deixe sua opinião