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UTI do Hospital de Clínicas de Curitiba.
UTI do Hospital de Clínicas de Curitiba.| Foto: Divulgação CHC

O Paraná saltou de 200 para 400 mortes por Covid-19 em apenas 15 dias, evidenciando a escalada dos números na pandemia no estado. Com 205 mortes registradas em 3 de junho, o Paraná chegou a 406 na última quinta-feira (18). O número aproxima a curva de novos óbitos do Paraná a de estados que hoje têm um número de mortes bem mais elevado, como Minas Gerais, Paraíba e Bahia, e mostra o coronavírus em uma disseminação mais acelerada no Paraná que no Rio Grande do Sul.

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A curva de óbitos no Paraná esteve bem mais controlada até o final de maio. O estado foi o que mais tempo levou para dobrar o número de mortes de 100 para 200 – 28 dias. Neste período, houve uma média de 3,5 mortes diárias de paranaenses por Covid-19. Nos 15 dias em que levou para dobrar novamente o número de mortes, chegando a 400, foram 13 mortes diárias em média. Na última semana, essa média subiu ainda mais: 18,6, influenciada pelas 30 mortes registradas na terça-feira (16).

"A elevação da taxa de reprodução da doença se reflete na velocidade da ocorrência de casos e óbitos. Apesar de o Paraná ter tido uma velocidade mais lenta até 15 dias atrás, já está em fase mais acelerada que a média nacional. O atenuante é que estamos relativamente com poucos casos ainda, o que significa que, se conseguirmos baixar essa velocidade rapidamente, teremos a possibilidade de atingir o pico em um nível bem mais baixo comparado a outros locais mais acometidos. Por outro lado, se não baixarmos logo, poderemos sofrer como Itália, Espanha ou Amazonas", comenta o infectologista Bernardo Montesanti de Almeida, do Serviço de Epidemiologia do Hospital de Clínicas de Curitiba.

Os 15 dias que o Paraná levou para dobrar de 200 para 400 mortes são o mesmo período de tempo que a Paraíba demorou para atingir a marca, entre 18 de maio e 3 de junho. Em mais 15 dias, o estado do nordeste estava com 709 óbitos (boletim de 18 de junho). Minas Gerais, que superou as 600 mortes nesta semana, levou 19 dias para saltar das 200 para as 400. O número do Paraná é um pouco melhor que o da Bahia, que percorreu essa marca em 13 dias (entre 10 e 23 de maio) e já ultrapassou as mil mortes em 11 de junho.

Paraná e Rio Grande do Sul superaram as 400 mortes no mesmo dia 18 de junho. No entanto, enquanto os gaúchos já tinham 200 vítimas em 26 de maio, os paranaenses só atingiram essa marca uma semana depois, em 3 de junho, o que mostra que, no momento, a curva do Paraná está mais acelerada.

Os estados mais afetados pela pandemia até o momento, contudo, percorreram os marcos de 200 e 400 mortes em bem menos tempo: São Paulo e Rio de Janeiro dobraram de 200 para 400 óbitos em cinco dias; Pará e Amazonas, em oito.

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