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Vista aérea da Unidade do Xisto, da Petrobras, em São Mateus do Sul.
Vista aérea da Unidade do Xisto, da Petrobras, em São Mateus do Sul.| Foto: Petrobras/Divulgação

Uma usina e uma mina capazes de produzir 6 mil barris por dia de produtos como gás, nafta e óleo de xisto, GLP e enxofre (matéria-prima de fertilizantes). É esse potencial que compradores interessados na privatização da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, região Sul do Paraná, terão acesso.

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Detalhes da oferta da usina foram publicados no último dia 13 pela Petrobras. A estatal brasileira está em processo de venda de parte de seus ativos – entre eles, a SIX e a Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária.

Entre os atrativos do negócio, a Petrobras lista que o complexo industrial de São Mateus do Sul é bem estabelecido e com processo de produção, serviços e infraestrutura estáveis. Está em uma grande reserva de xisto, uma rocha abundante na região que, quando aquecida, vira combustível e gás. Além do combustível, a unidade pode atuar fortemente no crescente mercado de fertilizantes.

“O potencial é significativo de criação de valor dentro da cadeia de valor do xisto: água de xisto produzida no processo [de mineração] é usada na produção de fertilizantes foliares, com grande potencial de crescimento, considerando a resiliência do setor agropecuário e a dependência de importações no setor de fertilizantes”, destaca o teaser divulgado pela empresa.

Segundo a Petrobras, a SIX possui uma cartela interessante de clientes. Os derivados do xisto vão para as distribuidoras de combustível e exportadores, inundando mercados no Paraná, Uruguai, Paraguai e Peru. A nafta é enviada para a Repar. O GLP vai para os postos de combustível do estado. O gás de xisto é enviado para as indústrias de cerâmica da região. A água de xisto e o enxofre são destinados, respectivamente, para a indústria e para os distribuidores de fertilizantes.

“O potencial comprador será o controlador de uma mina de xisto localizada em São Mateus do Sul, na formação Irati”, destaca o material.

Cidade de olho na privatização

A privatização da SIX é acompanhada atentamente pelos moradores de São Mateus do Sul. É que usina responde a 40% da arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do município, tributo fundamental para as obras públicas, além de alimentar uma série de empresas satélites.

“Se houver a venda [da SIX], o importante é que seja uma empresa com viabilidade para desenvolvê-la ainda mais. É uma unidade estratégica, quase que única no mundo, de exploração do xisto. E é uma empresa com lucratividade”, defendeu o prefeito, Luiz Adyr (PSDB), em entrevista à Gazeta do Povo, em junho. Ele ainda aposta na exploração desta rocha como motor de desenvolvimento de São Mateus.

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