Bob e Pipo são os chimpanzés que vivem no Zoológico de Curitiba e eles podem ser a companhia de férias das crianças que visitarem o espaço de lazer e conservação no Alto Boqueirão. E há um motivo especial para isso: o World Chimpanzee Day (dia do chimpanzé, em 14 de julho). A data se propõe a alertar mundialmente para a extinção da espécie originária do continente africano.

O público que frequentar o Zoo nos próximos dias poderá participar de atividades de educação ambiental, conhecendo mais sobre a espécie e a importância da preservação.

Além das atividades de educação ambiental, o local será ponto de recolhimento de aparelhos de telefone celular antigos e sem uso ao longo do mês, para ajudar na conservação dos animais. “Os primatas têm seus habitats destruídos pela exploração de metais usados na fabricação dos equipamentos”, explica o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria do Meio Ambiente, Edson Evaristo. Os aparelhos coletados serão destinados às Associações do Ecocidadão.

As atividades com o público vão acontecer às terças-feiras pela manhã e às quintas e sextas à tarde. O Zoo funciona de terça a domingo, das 10 às 16 horas e tem entrada gratuita, sem a necessidade de agendamento para a visitação.

Na programação, vai ser possível saber mais sobre o Bob e como ele chegou a Curitiba, além de mais informações sobre os animais. Nativos da África, eles têm habilidades para desenvolver ferramentas com gravetos e pedras para quebrar sementes e frutos para alimentação e defesa.

Estão ameaçados de extinção e a população se encontra em decréscimo acentuado. Hoje, há menos de 300 mil indivíduos em vida livre, segundo as estimativas.

Bob chegou ao Zoo em 2008 e, com base em seu histórico, estima-se que tenha 59 anos. Ele viveu em um circo por muito tempo, até ser resgatado e levado, inicialmente, ao Zoológico de Pomerode (SC). Em Curitiba ele tem um recinto confortável, com alimentação balanceada, cuidados para conforto térmico e bem-estar.

Pipo tem 47 anos, morava em um sítio na Ilha de Guaratiba (RJ) antes de ser doado ao Rio Zoo no ano de 1981. Ele chegou a Curitiba no final de 2019, quando começaram as ações de adaptação do animal e também da convivência entre os dois chimpanzés.

A aproximação dos animais foi uma ação integrada entre os Zoos do Rio e de Curitiba em busca de melhorar as condições de bem-estar dos dois indivíduos.