A partir de 1° de novembro

Museu do Holocausto reabre para visitação e comemora seus 10 anos de funcionamento

Equipe Pinó
01/11/2021 10:00
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Museu do Holocausto , primeiro no Brasil , foi implementado na cidade de Curitiba junto ao complexo da nova sinagoga Beit Yaacov e ao lado do Centro Israelita do Paraná , inaugurado em Novembro de 2011 . | Leticia Akemi/Arquivo/Gazeta do Povo

Depois de passar quase dois anos fechado para visitação, o Museu do Holocausto de Curitiba reabre ao público na segunda-feira (1° de novembro), com funcionamento das 8h30 às 11h30 e das 14h30 às 17h30. A visitação é gratuita, mas há necessidade de agendamento prévio pelo site do museu.
O espaço é o primeiro do Brasil dedicado à memória às vítimas do Shoá (o assassinato em massa de milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial por meio de um programa sistemático de extermínio étnico patrocinado pelo Estado Nazista).
Além do retorno da visitação, o Museu do Holocausto também celebra o seu 10° aniversário: inaugurado em novembro de 2011 com consultoria histórica da professora Denise Hasbani e com o trabalho de dezenas de profissionais da museologia e tecnologia, o local reúne vasto material sobre o tema, além de depoimentos de sobreviventes do Holocausto que se estabeleceram em Curitiba.
A exposição permanente, que era a mesma desde o ano da fundação, também foi modificada para dar um caráter mais pessoal aos documentos e objetos, ajudando a criar empatia com os espectadores, explica o coordenador-geral e curador dos novos objetos, Carlos Reiss.
Um desses itens é o lenço de Bunia Finkiel: em junho de 1942, auge de uma perseguição nazista à cidade polonesa de Warkowicze (atualmente na Ucrânia), ela, então com 19 anos, se escondeu junto com 11 pessoas dentro de um buraco, em um depósito de cereais. Percebeu que a única coisa que tinha era um lenço em seu bolso, que ela manteve e usou pelos 495 dias que ficou escondido. Depois de anos, Bunia bordou o entorno do lenço, que foi doado pela família ao Museu do Holocausto.
Museu do Holocausto também exibe itens pessoais de sobreviventes. Foto: Letícia Akemi/Arquivo Gazeta do Povo.
Museu do Holocausto também exibe itens pessoais de sobreviventes. Foto: Letícia Akemi/Arquivo Gazeta do Povo.
Equipamentos audiovisuais, ao lado de cada vitrina, também estarão à disposição dos visitantes -e contarão a história de Bunia e outras tantas em português, inglês, espanhol, hebraico e Libras (ainda em processo de finalização), incentivando a inclusão.

Outras ações

Dentro das comemorações de uma década de instituição, o Museu do Holocausto traz a Curitiba, em uma parceria com o Sesc Paço da Liberdade, a mostra da artista mineira Marina Amaral, com o tema ‘Faces of Auschwitz e Escravidão no Brasil’, que fica em cartaz de 4 de novembro a 30 de janeiro de 2022. A mostra também é gratuita e, nesta, não é necessário agendar.

Serviço

Reabertura do Museu do Holocausto
Rua Cel. Agostinho de Macedo, 248 – Bom Retiro
Visitação aberta a partir de 1° de novembro.
Horários: segunda a quarta, das 8h30 às 11h30 e das 14h30 às 17h30; Sexta-feira das 8h30 às 11h30; Domingo, das 9h às 12h; Sábados e quintas-feiras: fechado
A entrada é gratuita. É necessário agendamento prévio pelo site do museu. Os grupos de visitação são limitados a 15 pessoas.
Exposição ‘Faces of Auschwitz e Escravidão no Brasil’
Sesc Paço da Liberdade: Rua Generoso Marques, 189 - Centro
Terça a sexta-feira das 10h às 21h30; Sábado das 10h às 17h45; domingo das 10h às 17h. Segunda-feira: fechado
De 4 de novembro a 30 de janeiro de 2022
Entrada gratuita. Não é necessário agendamento.