Legado

Curitiba perde Marlene Montenegro, que dedicou sua vida à cultura paranaense

Equipe Pinó
21/10/2021 17:57
Thumbnail

Marlene Montenegro (1934 – 2021) atuou sobretudo em prol do teatro no Paraná. | Arquivo Pessoal

Na manhã desta quinta-feira (21), a cultura curitibana perdeu um grande nome. Marlene Montenegro (1934 - 2021), que esteve à frente de diversas instituições culturais em Curitiba, faleceu aos 87 anos. Por aqui, deixou um grande legado para a cultura paranaense, sobretudo para o teatro.
“Seu primeiro emprego, aos 42 anos, foi como secretária do curso de teatro do Guaíra. Adorada pelos alunos, iniciou ali a sua trajetória de incentivo à produção cultural da cidade”, conta Carolina Montenegro, sua neta. Depois, Marlene foi convidada a assumir a direção da Orquestra Sinfônica Paranaense, até chegar ao cargo de diretora de arte e programação do Teatro Guaíra, trazendo grandes nomes do teatro e da música brasileira para Curitiba.

O legado de Marlene Montenegro

Em 1991, Marlene assumiu a direção do teatro do Bamerindus, encabeçando as primeiras apresentações de Natal do Palácio Avenida, que são hoje tradicionais na capital. “Era ela quem puxava as cordas de uma das janelas para que o espetáculo pudesse começar”, conta Carolina.
Hoje, a neta carrega o legado da avó na Montenegro Produções, que desde 2010 cria e executa projetos culturais, principalmente com viés social. A produtora sempre contou com o apoio de Marlene, que participava “dos momentos mais importantes, assistia aos ensaios, indicava diretores e compartilhava seus conhecimentos”, afirma Carolina.
Marlene Montenegro foi a grande inspiração para que Carolina , sua neta, criasse a Montenegro Produções.
Marlene Montenegro foi a grande inspiração para que Carolina , sua neta, criasse a Montenegro Produções.
Na memória, fica a imagem de uma mulher que, do início ao fim de sua jornada, dedicou sua vida à cultura. De acordo com Carolina, a avó será lembrada como “alguém que sempre defendeu a classe artística, avessa a toda e qualquer disputa de interesses que não privilegiassem o todo, o coletivo e principalmente os fazedores de arte. Alguém que aprendeu fazendo e dividindo com as pessoas.”
O velório está marcado para sexta-feira, dia 22 de outubro, das 8h às 12h no Crematório Vaticano (Rua Desembargador Hugo Simas, 26. Bom Retiro).