Indicações de livros, filmes, podcasts e outros produtos culturais chancelados por personalidades da cidade. Confira:

“Como amante de cerveja e sócio-proprietário de quatro bares, não poderia indicar um filme fora dessa temática. “Como a cerveja salvou o mundo” é um documentário do Discovery Channel que conta histórias que a gente nem imagina que tenham relação com a cerveja, como o próprio início da civilização. Dá pra acreditar que a cerveja existe desde 9 mil anos a.C, quando os caçadores mais remotos criaram a Mesopotâmia? Quando começou a revolução agrícola e a humanidade precisou trocar cavernas por casas, era a cevada que trazia todo o sustento humano. Na verdade, a ideia inicial era aumentar as plantações para fazer pão, mas há uma teoria de que a plantação de cevada foi incentivada depois que a primeira cerveja surgiu acidentalmente. No caso, o melhor acidente de todos os tempos e que mudou a forma como nos relacionamos.”

“‘O Filho de Mil Homens’ foi um livro que me encantou logo na primeira página. Parei de sublinhar as frases que mais gostava (sempre marco meus livros), porque seria uma riscadeira só. O livro é de uma beleza sem fim, de uma delicadeza que nos envolve como um abraço. Uma história simples e humana que fala de sentimentos que todos nós experimentamos em nossas relações. Desses livros que podem ser lidos muitas vezes, sempre mostrando uma camada a mais que não foi percebida. Aqueles que a gente dá para as pessoas que gosta, que tem na cabeceira e no coração.”

“O jazz me traz muitas recordações e muita tranquilidade. É uma música que sempre me chamou a atenção pelo fato de ter grandes artistas e conseguir compor de uma forma que um respeita o outro e parece que é uma conversa, uma conversa muito regrada até. O mais surpreendente é que eu sempre escutei essa música pelo meu marido, que colocava quando estava trabalhando. E de repente eu vejo a minha neta escutando a mesma música. Eu fiquei surpresa e perguntei: ‘como é que você sabe essa música?’. Ela diz que era do vô. Mas ela era tão menina! Tinha 8 anos e gostava de ouvir junto com o avô. E agora eu vou ter duas pessoas para lembrar com essa música. Meu marido e, no presente, Manoela, minha neta.”

“Eu indico o artista John Frusciante. Alguns conhecem ele apenas como o icônico guitarrista da banda Red Hot Chilli Peppers e pelos sucessos de Give It Away e Under the Bridge, mas poucos sabem que após sair do RHCP ele engatou uma carreira solo e já conta com mais de 20 discos lançados. O que me encanta no seu som é seu estilo único, controverso e genial, com solos marcantes e melodias carregadas de emoção, sempre caracterizadas pelo uso de sintetizadores. Frusciante é um gênio de altos e baixos, mas inegavelmente um som que eu indico e que o leitor da revista Pinó precisa apreciar.”