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Cataratas do Iguaçu: Foz perderá 15,6% da população até 2040. | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Cataratas do Iguaçu: Foz perderá 15,6% da população até 2040.| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Dos 399 municípios do Paraná, 252 vão perder população até 2040. A projeção foi feita pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com base nas estimativas populacionais de 2017. Outros dados confirmam a tendência mundial de envelhecimento da população e diminuição no número de jovens.

INFOGRÁFICO:Veja projeção da população em cada um dos 399 municípios do estado até 2040.

O diretor de pesquisas do Ipardes, Daniel Nojima, explica que a projeção que indica redução no número de habitantes gera apreensão nos prefeitos e gestores públicos, mas que isso não implica, necessariamente, em queda da renda municipal e empobrecimento. “Os municípios pequenos têm uma base forte no agronegócio. Com a modernização da agricultura, é normal ter menos pessoas dedicadas ao campo, que se mudam, mas a atividade continua gerando renda e outros empregos”, afirma.

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Alguns serviços, porém, deixarão de existir, por não haver demanda suficiente em determinadas localidades. A tendência, porém, é que as migrações ocorram de municípios pequenos para polos regionais, e não tanto para a capital ou grandes cidades.

Fazendo a projeção da população com base no Censo de 2010, são 223 municípios que têm perda populacional até 2040. Desses, 204 têm até 20 mil habitantes. “Esses 204 municípios representam 38,6% do PIB agropecuário do Paraná”, explica Nojima.

Os dados precisam ser entendidos como ferramenta de planejamento de políticas públicas, defende o pesquisador. “É preciso pensar na infraestrutura que a cidade vai ter, para receber no futuro mais ou menos pessoas, mais idosos e menos jovens”, explica.

O Paraná deve chegar a 2040 com 12,2 milhões de habitantes, crescimento de 7,8% em relação ao número atual. A população na faixa de 0 a 14 anos deve passar de 20,8% para 14,6%. Por outro lado, os idosos com 65 anos ou mais, representarão 19,9% da população total.

“A partir dos dados pode-se imaginar que haverá pressão maior por gastos na saúde e necessidade menor de investimentos em educação, porque haverá menos jovens”, exemplifica Nojima.

Empresas

A iniciativa privada também pode considerar os dados de projeção para decidir sobre seus investimentos. “Cianorte é um município que vai crescer muito, assim como Francisco Beltrão. Serão novos subpolos regionais, que demandarão mais serviços”, observa. Essas duas cidades passarão dos 100 mil habitantes. Outra que entrará na lista é Sarandi.

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