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A cidade de Farol | Divulgação/Prefeitura de Farol
A cidade de Farol| Foto: Divulgação/Prefeitura de Farol

O município de Farol, no Centro-Oeste, tem o quarto maior valor inicial pago a um professor no Paraná. Como cidade pequena de interior, destoa entre as líderes do ranking estadual: Araucária (1ª), São José dos Pinhais (2ª) e Pinhais (3ª), todas no entorno de Curitiba, que aliás, está na 5ª colocação. Nenhum professor de Farol recebe menos do que R$ 1.940 por mês, para uma jornada de 20 horas semanais. São R$ 791 acima do piso referente a 2017.

A prefeita Angela Maria Moreira Kraus (PSDB) faz questão de dizer que não tem milagre e que obter isso é muito difícil. “É planejamento e organização”, defende. O comparativo com outras cidades do Paraná também chama a atenção para a situação de Farol, que tem 3,4 mil habitantes, vive basicamente da agricultura, tem 32 professores e cerca de 400 alunos matriculados. Tais dados são muito parecidos com os registrados em São Pedro do Paraná, que tem o menor valor pago a um professor no estado. E o piso em Farol, para 20 horas, é maior do que o salário referente a 40 horas de trabalho em Santa Maria do Oeste.

Farol está abaixo dos gastos máximos com o funcionalismo e, mesmo assim, consegue remunerar os professores em valores bem mais altos que o mínimo exigido por lei. No papel, o piso é exatamente o que manda a lei. Mas ninguém recebe esse valor porque há uma série de avanços, previstos no plano de carreiras do magistério. A prefeita poderia destinar parte da verba que recebe do Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb) para outras despesas escolares, como merenda e transporte, mas prefere gastar 100% no salário dos professores.

Com orçamento anual na casa de R$ 17 milhões, a prefeita de Farol usa uma fórmula para dar contas das despesas. Angela usa a receita local para arcar com as despesas fixas do município e vai em busca de recursos estaduais e federais para fazer investimentos. Ela conta que, ao longo dos últimos cinco anos, conseguiu o valor equivalente a um orçamento anual em emendas e convênios conquistados a partir do apoio de deputados. “Eu tinha que comprar um caminhão de lixo de R$ 290 mil, mas só com o dinheiro da prefeitura nunca que eu conseguiria”, conta. Contudo, Angela evita dizer que está tudo como gostaria. Enfermeira por profissão, sabe que precisaria melhorar as questões de saúde da cidade. Pelo menos em relação ao salário inicial dos professores, Farol está melhor do que outros 395 municípios do Paraná.

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