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Imagens feitas pelo MP-PR mostram a madeira cortada da fazenda de Abib Miguel. | Divulgação/MP-PR/
Imagens feitas pelo MP-PR mostram a madeira cortada da fazenda de Abib Miguel.| Foto: Divulgação/MP-PR/

Ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná, Abib Miguel, conhecido como Bibinho, foi preso nesta sexta-feira (17) no âmbito da Operação Castor, pelo corte ilegal de madeira em áreas que estão bloqueadas pela Justiça. Bibinho é acusado de comandar um esquema de desvio de recursos públicos revelado em 2010 pela série Diários Secretos, realizada pela Gazeta do Povo e pela RPC.

Bibinho deverá ser encaminhado para o Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A prisão é preventiva e, portanto, tem prazo indeterminado. As informações foram divulgadas pelo portal G1.

Na última segunda-feira (13), o Ministério Público do Paraná (MP-PR) cumpriu sete mandados de busca e apreensão em propriedades de Bibinho, após receber uma denúncia de que madeira estava sendo retirada de um imóvel em Rio Azul, nos Campos Gerais.

A fazenda em questão tem uma área de reflorestamento, com pinus e eucaliptos. Mas, por estar entre 60 bens bloqueados pela Justiça como forma de garantir eventuais ressarcimentos aos cofres públicos, a área sequer poderia estar sendo utilizada. Também está sendo apurada pelo MP-PR outra denúncia, de corte ilegal em uma propriedade de Bibinho em Rebouças.

Histórico

O ex-diretor da Assembleia já foi preso diversas vezes desde 2010 e aguardava julgamento em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica. Ele chegou a ser condenado em dois processos criminais, mas as sentenças foram anuladas pelo Tribunal de Justiça e voltaram para a primeira instância.

O patrimônio no nome de Bibinho, de parentes e de supostos laranjas é estimado em mais de R$ 200 milhões. Em outubro, parte dos bens quase foi a leilão. Contudo, alegando que não foi dado o direito ao contraditório, a defesa do ex-diretor do Legislativo estadual conseguiu anular o processo. Ao pedir a alienação antecipada, o MP-PR buscava evitar que as garantias patrimoniais fossem dilapidadas.

A própria denúncia que culminou na Operação Castor partiu de um avaliador que foi até a fazenda em Rio Azul, justamente para estimar o preço da área. Ele verificou o corte de árvores e avisou o Ministério Público.

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