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Cida Borghetti (PP), governadora do Paraná | Arnaldo Alves / Agência Estadual de Notícias
Cida Borghetti (PP), governadora do Paraná| Foto: Arnaldo Alves / Agência Estadual de Notícias

Reunida a portas fechadas com representantes dos servidores do Executivo estadual, a governadora Cida Borghetti (PP) prometeu dar uma resposta sobre o reajuste salarial à categoria no máximo até a manhã da próxima terça-feira (26). O funcionalismo pede a reposição da inflação dos últimos 12 meses, de 2,76%. Aliados do governo, porém, sinalizam que o índice não deve atingir esse patamar.

No início da noite desta segunda-feira (18), Cida se reuniu por cerca de uma hora com dirigentes do Fórum das Entidades Sindicais (FES), no Palácio Iguaçu. Há uma semana, servidores estão acampados em frente à sede do governo e garantem que só sairão de lá após o reajuste salarial ser aprovado pela Assembleia Legislativa.

Nesse meio tempo, a governadora vem quebrando a cabeça com a Secretaria da Fazenda para atender ao pedido do funcionalismo público, que está sem reposição salarial desde 2016. Além do “legado” deixado pelo ex-governador Beto Richa (PSDB), Cida tem mais dois fatores de pressão contra si. A candidatura à reeleição e o risco de desagradar um contingente de centenas de milhares de eleitores: servidores e, por consequência, pessoas próximas a eles (parentes, amigos etc).

Além disso, todos os outros órgãos e poderes do estado - Assembleia, Ministério Público, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Defensoria Pública - já se dispuseram a pagar 2,76% de reajuste aos próprios funcionários. As propostas chegaram a entrar na pauta de votação do Legislativo por duas vezes, mas foram retiradas da ordem do dia justamente pela situação embaraçosa envolvendo o Executivo.

CAIXA ZERO:Cida vai dar reposição menor que a inflação ao funcionalismo

Nesta segunda, o presidente da Casa, deputado Ademar Traiano (PSDB), deu prazo final até a terça-feira da semana que vem para que Cida envie a mensagem do reajuste para análise dos parlamentares. Do contrário, os demais projetos serão votados em plenário.

Diante do ultimato, a governadora ainda se reuniria com o secretário da Fazenda, José Luiz Bovo, na noite desta segunda para seguir estudando uma saída para o impasse. Na quinta-feira (21), será a vez de os servidores se encontrarem com representantes da pasta.

Aliados do governo dizem que se está fazendo um grande esforço em prol do funcionalismo, mas que dificilmente o reajuste deverá chegar aos 2,76%. A justificativa é que não há dinheiro suficiente para quitar promoções e progressões de direito dos servidores (aproximadamente R$ 250 milhões) e, ao mesmo tempo, pagar a reposição integral da inflação (cerca de R$ 530 milhões ao ano). Os recursos disponíveis no orçamento para serem gastos livremente ─ sem destinação carimbada ─ em 2018 giram em torno de R$ 500 milhões.

“Somos otimistas por natureza. Seguimos confiantes que o governo enviará a mensagem de reajuste de 2,76% aos servidores. Há, sim, receita para isso”, defendeu Marlei Fernandes, coordenadora do FES, na saída da reunião com a governadora.

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