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Governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), participa da posse do diretor-presidente do Tecpar, Fabio Cammarota, nesta quarta-feira (13) | José Fernando Ogura/ANPr
Governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), participa da posse do diretor-presidente do Tecpar, Fabio Cammarota, nesta quarta-feira (13)| Foto: José Fernando Ogura/ANPr

Ligado à Fundação Dom Cabral, Fabio Cammarota é o novo diretor-presidente do Tecpar, o Instituto de Tecnologia do Paraná, do governo do estado. A Fundação Dom Cabral foi quem fez um estudo sobre a estrutura administrativa do Executivo paranaense, ainda no ano passado, logo após a vitória nas urnas do então deputado estadual Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). A solenidade de posse de Cammarota no Tecpar foi nesta quarta-feira (13).

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Cinco pessoas assinam o estudo da Dom Cabral, incluindo Cammarota, que aparece como coordenador técnico do trabalho. O estudo foi encomendado por empresários – o chamado G-7 encabeça a ideia – e oferecido sem custo ao governo do Paraná eleito. O valor da contratação – questionamento feito pela Gazeta do Povo ao G-7 e à Fundação Dom Cabral – não foi revelado. 

Polêmicas no estudo da Dom Cabral

Especialmente no ano passado, o estudo da Dom Cabral foi propagandeado por Ratinho Junior como base fundamental para elaboração de um projeto de lei que prevê mudanças em secretarias e cargos, uma espécie de “pontapé” da gestão. O projeto de lei chegou à Assembleia Legislativa no mês passado, mas acabou retirado para ajustes dias depois, na esteira de uma série de questionamentos feitos por deputados estaduais. A nova versão do projeto de lei ainda não chegou à Casa.

O deputado estadual Soldado Fruet (Pros) alega que há dúvidas, por exemplo, se a reforma administrativa de fato traria redução de custos – já que há previsão de aumento salarial para determinados cargos comissionados, apesar de cortes no número de cadeiras

Na terça-feira (12), foi a vez do deputado estadual Arilson Chiorato (PT) também subir na tribuna da Assembleia Legislativa para apontar que, no texto de quase 300 páginas da Dom Cabral, há trechos aparentemente copiados. “Eu não quero usar o termo plágio, porque acho que pode ter sido um esquecimento. Mas eu quero pedir explicações”, afirmou ele, ao defender uma análise melhor do projeto de lei. 

Procurada pela Gazeta do Povo, a Fundação Dom Cabral não esclareceu todos os pontos colocados por Chiorato, mas reconheceu, em nota, o que classifica de “lapso”: “Na etapa de fundamentação teórica do relatório, por um lapso, umas das referências de um professor também da Fundação Dom Cabral não foi citada. A FDC [Fundação Dom Cabral] já está providenciando os devidos ajustes. Ressaltamos que o trabalho desenvolvido pela FDC no âmbito da gestão pública e privada sempre primou pela lisura e excelência técnica”. 

A Dom Cabral também acrescentou que um dos objetivos era “dar subsídios para elaborar a minuta do projeto de lei geral da reforma na administração direta”. Para a Gazeta do Povo, o governo do Paraná também enviou uma nota sobre o assunto, na qual reforça que “não contratou consultoria da Fundação Dom Cabral”, mas que “alguns conceitos do trabalho da instituição ajudaram a orientar a formatação do projeto de reforma administrativa”.

A posse no Tecpar

Durante a solenidade de posse, Cammarota disse que o desafio à frente do Tecpar é “deixá-lo mais produtivo e eficiente, sempre alinhado ao modelo de gestão do governo do estado, que é fazer mais com menos”, de acordo com a Agência Estadual de Notícias, do governo do Paraná. 

Cammarota é apresentado pelo governo do Paraná como professor de Gestão Pública e Organização do Estado na Fundação Dom Cabral, com 25 anos de experiência na área de gestão pública.

Além de Cammarota, também tomaram posse no Tecpar, nesta quarta-feira (13), a diretora comercial, Danielle Portela; o diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Rafael Rodrigues; e o diretor de Administração e Finanças, Arnaldo da Fonseca.

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