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Apontado como emissário do presidente Michel Temer (PMDB), o deputado federal afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB) teve relações próximas com dois políticos paranaenses: o senador Roberto Requião (PDMB) e o ex-senador Osmar Dias (PDT). Em meio ao estremecimento gerado pelas delações, Requião e Dias adotaram a estratégia de praticamente ignorar o passado próximo do agora investigado.

Formado em administração pela Fundação Getulio Vargas, Rocha Loures adveio do setor empresarial. O pai dele, Rodrigo Costa da Rocha Loures, é fundador da Nutrimental e ex-presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). Em 2002, a família doou R$ 110 mil à campanha em que Requião foi eleito ao governo do estado. Assim que assumiu o Palácio Iguaçu, o peemedebista nomeou Rocha Loures – o filho – para seu primeiro cargo público, como chefe de gabinete do governador.

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O empresário só se filiou ao PMDB em agosto de 2005 e, no ano seguinte, se elegeu deputado federal pelo partido. Em 2010, foi candidato a vice-governador do Paraná, na chapa encabeçada por Osmar Dias, mas a dupla acabou perdendo e eleição para Beto Richa (PSDB). Na ocasião, a declaração de Rocha Loures apontava que ele detinha R$ 1,6 milhão em bens.

Bastante ativo nas redes sociais, Requião concentrou suas críticas no presidente Michel Temer (PMDB) e defendeu a realização de eleições diretas. Na única menção a Rocha Loures, ele chega a elogiar o político investigado. “Rodrigo Rocha Loures, idealista, meu amigo. O que fizeram de você, Rodrigo Rocha Loures? Vejo tudo com indignação e muita tristeza. CANALHAS!”, postou Requião em sua conta no Twitter.

Já Osmar Dias não se manifestou publicamente sobre as denúncias envolvendo seu ex-companheiro de chapa.

Temer

Em 2011, Rocha Loures passou desempenhar o papel de chefe de gabinete do então vice-presidente Michel Temer. Nas eleições de 2014, Temer doou R$ 200.650,30 à campanha de Rocha Loures, que concorria como deputado federal do Paraná. O vice-presidente chegou a gravar um vídeo em apoio ao candidato, dizendo que “ele me ajudou enormemente”, que atuou “como uma espécie de embaixador do Paraná” e o classificou como “uma belíssima figura da política brasileira”.

Após as denúncias, Temer disse, em pronunciamento, que “nunca autorizei que usassem meu nome”, em provável alusão ao fato de Rocha Loures ter recebido R$ 500 mil em nome do presidente, segundo as delações.

João Dória

Enquanto vinham à tona as informações sobre as delações de Joesley Batista, empresário do Grupo JBS, Rocha Loures estava em Nova Iorque, onde participava de um jantar em homenagem ao prefeito de São Paulo, João Dória Jr. (PSDB). Em 2014, Dória também contribuiu com a campanha do parlamentar paranaense, doando R$ 50 mil ao peemedebista.

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