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Em um discurso cifrado e carregado de indiretas o deputado estadual Nelson Justus (DEM) desistiu da disputa pela presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná. A eleição para o cargo acontece na terça-feira (12). Com a saída de Justus, que comandou a CCJ nos últimos quatro anos, o caminho está livre para a eleição de Fernando Francischini (PSL) para a presidência da principal comissão do Legislativo.

Ao anunciar a decisão, Justus afirmou que desistiu do comando da CCJ para manter a paz na bancada governista. Ele vinha articulando desde o ano passado para se manter no posto, mas, segundo ele, houve forte interferência do governo na consolidação do nome de Francischini. Justus sustentou ainda que se insistisse em sua candidatura ele derrotaria o deputado do PSL, mas isso traria dificuldades à base do governo.

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Aos 70 anos de idade, Justus afirmou que não vai disputar a reeleição para o cargo de deputado em 2022, por isso gostaria de seguir no comando da CCJ e terminar sua carreira política em um dos mais importantes postos da Assembleia. 

“Todas as eleições que disputei na minha vida eu ganhei. Participei de 16 e nunca perdi. Não vou começar a carreira de perdedor agora, porque o baralho está marcado”, provocou.

Apesar das indiretas e da evidente mágoa com a interferência do governo em uma eleição interna do Legislativo, Justus afirmou que não fará oposição ao governo.

Logo após o discurso de desistência, Justus deixou o plenário e não ouviu o líder do governo, Hussein Bakri (PSD), agradecer todo o esforço feito por ele nos anos em que presidiu o colegiado. Bakri ainda desejou boa sorte a Francischini, adiantando que na eleição desta terça-feira, o delegado - agora candidato único - não terá dificuldades para ser eleito presidente da CCJ. 

Problemas com o DEM

Apesar dos panos quentes, a desistência de Justus parece indicar que o governo está tendo dificuldades em manter o DEM em sua base de apoio. O outro deputado da legenda, Plauto Miró, apresentou na sessão desta segunda-feira (11) um pedido de informações ao governo sobre o uso de um avião da Copel. 

Segundo Plauto, o governo anunciou o rompimento do contrato de locação de uma aeronave da Helisul, mas há autoridades do Executivo que estão utilizando um avião da Copel para fazer deslocamentos. “Queremos saber quanto foi gasto pela empresa Copel no transporte de parlamentares, do governador, de vice-governador e assim por diante”, afirmou Plauto Miró.

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