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Ogier Buchi contraria o próprio partido, PSL, para tentar a vaga no Executivo | Albari Rosa/Tribuna do Paraná
Ogier Buchi contraria o próprio partido, PSL, para tentar a vaga no Executivo| Foto: Albari Rosa/Tribuna do Paraná

Ogier Buchi (PSL) anunciou na manhã desta terça-feira (28) que vai permanecer na corrida eleitoral ao governo do Paraná mesmo diante da falta de apoio do partido, sigla do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). O diretório nacional deliberou no dia 15 de agosto pela impugnação do nome e apoio exclusivo aos 130 candidatos que disputam cargos no Legislativo estadual e federal.

Na última quarta-feira (22) os advogados do PSL do Paraná protocolaram na Justiça Eleitoral um pedido de desconsideração da chapa. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) tem até o dia 17 de setembro para validar ou cancelar o nome.

“Reafirmo o que tenho dito durante todos os dias depois da convenção dos três partidos (PTC-PSL-PATRI) que escolheram meu nome. Mesmo diante do pedido de impugnação do PSL. Fui convidado para ser candidato a governador representando o partido. O PTC e o PATRI mantiveram a ata partidária, assim como PSL, porque a ata não pode ser dissolvida, a não ser por ato judicial”, afirmou. O advogado e apresentador de TV deve bancar a campanha do próprio bolso diante da cisão.

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O blog Caixa Zero publicou em primeira mão no mesmo dia da deliberação nacional que Bolsonaro não apoiava a indicação de Buchi porque seu candidato no Paraná é o deputado estadual licenciado Ratinho Jr. (PSD). “Não vejo coerência no meu partido apoiar um candidato [Ratinho] que tem candidato próprio à presidência da República. O ideário partidário é completamente diferente do PSL, propostas diametralmente opostas. A questão não deve ser colocada para mim. Eu sou Bolsonaro, faço campanha por ele”, afirmou.

Ogier Buchi diz que continuará a usar a imagem do presidenciável nas peças de campanha e que PTC e PATRI vão manter o apoio à candidatura independente. Ele ainda não falou com Bolsonaro sobre a decisão. “Eu vou falar com o candidato do meu partido a partir do momento em que meu nome for homologado, aí vou comunicar ao presidente do partido e ao senhor Jair Messias Bolsonaro que exijo cumprimento do estatuto e que me apoiem”.

O vice da chapa é do PATRI, o médico Caxias Ribas. Na convenção estadual o nome definido foi de Bruno Santa Rosa Bauermamm, do PSL.

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Na sexta-feira (24) ele cancelou participação no debate da Gazeta do Povo. Dez candidatos seguem na disputa ao Palácio Iguaçu: Ratinho Jr. (PSD), Ogier Buchi (PSL), Cida Borghetti (PP), João Arruda (MDB), Dr. Rosinha (PT), Piva (PSol), Professor Jorge Bernardi (Rede), Professor Ivan Bernardo (PSTU), Priscila Ebara (PCO) e Geonísio Marinho (PRTB).

Deliberação nacional

O PSL do Paraná anexou na última quarta-feira (22) documentos no processo de registro de candidatura no TRE-PR que explicam o isolamento da candidatura. O advogado Gustavo Swain Kfouri, que representa a coligação Pátria Brasil (PTC, PSL e PATRI), apresentou ata de reunião do dia 19 de agosto na sede do PSL em Curitiba na qual os correligionários decidiram acerca da Resolução 05/2018, assinada pelo presidente nacional do PSL, Gustavo Bebianno.

A resolução anulava a deliberação tomada pela Convenção Estadual e pela Comissão Executiva Estadual do PSL no Paraná nas reuniões realizadas entre os dias 20 de julho e 5 de agosto, bem como os atos dela decorrentes “no que dizem respeito à formação de coligação, escolha de candidatos e o seu registro, para concorrer às eleições aos cargos de Governador e Vice-Governador”.

“Em razão da anulação, a participação do PSL no processo eleitoral deste ano, no Estado do Paraná, deverá limitar-se à eleição para o Senado Federal e às eleições proporcionais para deputado estadual e federal”, afirma o documento da executiva nacional.

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Na reunião, a comitiva estadual decidiu, em face do impedimento firmado em nível nacional pelo PSL, barrar a formação da chapa composta por Ogier Buchi e Bruno Santa Rosa Bauermamm.

No mesmo dia 22, Kfouri pediu ao juiz eleitoral Jean Leek, em atendimento à determinação partidária, a anulação da deliberação dos partidos coligados que decidiu pela escolha de candidatos a governador e vice, “razão porque não se protocolou o RRC do candidato Ogier Buchi e Bruno Santa Rosa Bauermamm”. “Por conseguinte, requer a Vossa Excelência que considere desconstituído o pedido, rejeitando-se de plano o RIC, mesmo porque prescinde o pedido de registro de condição de existência, nos termos do artigo 91 do Código Eleitoral”.

Ogier Buchi encara essa situação como percalço e promete recorrer até a última instância caso seja vetado. “Temos um contencioso eleitoral. Acho bastante estranho que o partido me convide no dia 5, homologue a candidatura no dia 5, e a nacional emita uma nota dizendo que não encontra conveniência em candidatura própria”, afirmou. “Onde está a conveniência de apoiar no primeiro turno um candidato como o Ratinho, sem nenhum juízo de valor sobre ele, mas estou exigindo que meu partido cumpra a lei e me apoie”.

PSL impugna o nome

Resolução do PSL contra a candidatura

Ogier

Buchi é apresentador de TV e advogado. Ele trocou o PRP pelo PSL em abril deste ano durante a janela partidária. Em 2014 Buchi concorreu ao governo do Paraná e fez 50.446 votos no 1° turno, ou 0,85% do total. Ficou atrás de Beto Richa (PSDB), Roberto Requião (MDB) e Gleisi Hoffmann (PT).

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