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Delegado Francischini (PSL) ganhou papel de destaque na nova composição da assembleia graças a votação recorde no estado | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Delegado Francischini (PSL) ganhou papel de destaque na nova composição da assembleia graças a votação recorde no estado| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Quem esperava grandes mudanças na composição da Assembleia Legislativa do Paraná para o período 2019-2022 se decepcionou. A renovação depois da eleição não fugiu ao já tradicional índice de um terço de novos nomes. O ponto fora da curva ficou por conta da bancada eleita pelo PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, que conquistou oito cadeiras e será a maior força na Casa.

Dos 54 deputados estaduais, 32 foram reeleitos. Esse número, porém, pode ser elevado para 35 se considerarmos que Luciana Rafagnin (PT) e Cristina Silvestri (PPS) já tinham exercido mandatos na Casa. Além disso, Fernando Francischini (PSL), na prática, trocou de lugar com o filho, Felipe Francischini (PSL): da Câmara Federal para a Assembleia e vice-versa.

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O delegado licenciado da Polícia Federal, aliás, passou a ser o dono da maior votação da história do Paraná à Assembleia. Com 427.742 votos, ele ajudou a carregar mais sete deputados do PSL – três deles com votações muito baixas para o cargo, na casa dos 17 mil e dos 13 mil. Na função de “pai” da maior bancada da Casa, Francischini terá grande poder de barganha com o governador eleito, Ratinho Junior (PSD), na composição do secretariado e também na disputa pela presidência do próprio Legislativo estadual.

Nessa relação com os deputados, o futuro governador também terá de lidar com a grande fragmentação partidária. No total, serão 20 legendas com representação na Casa a partir do ano que vem. No entanto, como somente cinco delas (PSL, PSD, PSB, PSC e PT) terão número suficiente para formarem lideranças de partido, as demais precisarão se reunir em blocos de no mínimo quatro deputados, para terem direito a cargos, recursos e tempo de discurso durante as sessões.

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Outro fator que chama a atenção diz respeito à “bancada da bala” eleita neste domingo. Na onda bolsonarista que tomou conta do país, a Assembleia terá 4 delegados, 2 soldados, 1 subtenente e 1 coronel.

Entradas e saídas

Quem também demonstrou força foi o PT. Apesar de ser historicamente um “patinho feio” no estado, a legenda saltou de três para quatro cadeiras, com dois deputados (Professor Lemos e Tadeu Veneri) entre os sete mais votados, graças, principalmente, ao maciço apoio do funcionalismo público.

Na contramão, após duas gestões no comando do governo do estado, o PSDB terá escassos três deputados, entre eles o atual presidente da Casa, Ademar Traiano – filho do ex-governador Beto Richa, Marcello Richa não conseguiu se eleger.

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Quem também não estará na Assembleia a partir de 2019 são Nereu Moura (MDB) e Elio Rusch (DEM). Depois de sete mandatos consecutivos, nenhum deles foi reeleito.

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