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Ex-governador participou do horário eleitoral em programa gravado. | Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Ex-governador participou do horário eleitoral em programa gravado.| Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo

Candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB) participou na manhã desta quarta-feira (12) do horário eleitoral gratuito (7h às 7h25) no rádio, em programa gravado, e falou especificamente de segurança pública e investimentos nas polícias.

O ex-governador do Paraná foi preso na terça-feira (11) nos desdobramentos da Operação Rádio Patrulha, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele cumpre reclusão temporária no Regimento da Polícia Militar, no Tarumã, em Curitiba, depois de passar algumas horas no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana.

A participação do tucano foi a primeira do programa eleitoral desta quarta (12). Beto Richa falou que as obras do seus sete anos e meio de governo só aconteceram porque o Paraná equilibrou as contas públicas nas duas gestões, em referência aos ajustes fiscais na Paranaprevidência e aumentos nos impostos (ICMS e IPVA).

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“O ajuste fiscal trouxe grandes benefícios na segurança pública: contratamos 11 mil policias, compramos 3,5 mil viaturas, com equipamentos modernos, e temos a menor taxa de homicídios em 11 anos”, afirmou, na gravação.

Beto também citou o aumento no número de transplantes por conta do socorro médico de helicóptero, disponível em 57 municípios paranaenses. No final do programa, disse que, como senador, quer trazer mais verbas federais para o Paraná.

Os programas dos demais candidatos ao Senado e ao governo não citaram as operações ocorridas na terça (11) e que tiveram Richa como alvo.

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Facebook

As equipes de comunicação de Beto Richa também tiraram do ar três páginas pessoais e de campanha que o ex-governador mantinha no Facebook. A página pessoal de Fernanda Richa (PSDB), também presa pelo Gaeco, continua no ar.

Na mesma rede, os adversários do tucano e candidatos ao governo manifestaram apoio à operação Rádio Patrulha.

Candidatura

A candidatura de Beto Richa ao Senado ainda está sendo analisada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). O Ministério Público Eleitoral, o PSol e o MDB entraram com pedidos de impugnação por motivos diversos, mas principalmente pela condenação em segunda instância no caso da viagem a Paris. A corte eleitoral tem até o dia 17 de setembro para analisar o caso.

A prisão do ex-governador por si só, no entanto, não deve ter implicações legais à candidatura do tucano ao Senado. Se o registro da candidatura for deferido pela Justiça Eleitoral, o candidato poderá concorrer normalmente às eleições, ainda que tenha que recorrer a autorizações judiciais para gravar programas eleitorais no período em que estiver detido.

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