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Cida Borghetti (PP), em seu primeiro desfile cívico como governadora. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Cida Borghetti (PP), em seu primeiro desfile cívico como governadora.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Cida Borghetti (PP) não aproveitou muito o primeiro desfile comemorativo à Independência do Brasil como governadora. Primeiro, chegou quase duas horas depois do previsto – havia uma entrevista à imprensa marcada para às 8h45 e ela só conseguiu se aproximar da área de autoridades por volta das 10h30, quando a solenidade já transcorria há mais de uma hora. De acordo com a assessoria de imprensa, não foi possível voltar a tempo do Sudoeste do Paraná, onde esteve em campanha noite de quinta-feira (6), por problemas na operação do aeroporto.

Não bastasse o contratempo, quando Cida passou pelas demais autoridades e foi anunciada no sistema de som foi vaiada por parte do público. Em função do atraso, o desfile precisou ser momentaneamente interrompido para que as formalidades de abertura da etapa militar fossem realizadas.

O prefeito Rafael Greca (PMN), que não costuma faltar esse tipo de evento, não compareceu. De acordo com a assessoria de imprensa, ele tirou o dia para descansar, depois de uma semana cheia de compromissos, inclusive com os desfiles cívicos realizados nas regionais da prefeitura de Curitiba.

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Em meio à população, de pé, a interdição das arquibancadas causou constrangimento e revolta. Faixas amarelas, avisos e policiais impediam o acesso de quem, por ventura, tentasse sentar nas estruturas modulares montadas ao longo da Avenida Cândido de Abreu. De acordo com o governo, já foi aberto um procedimento administrativo para avaliar a situação da empresa de São Paulo que ganhou a licitação para montar as arquibancadas, consideradas irregulares pelo Corpo de Bombeiros. Uma tenda improvisada para as autoridades.

A combinação de verde e amarelo não predominou no público, que preferiu casacos escuros para se proteger do vento frio – contrabalanceado pelo sol em céu limpo. Sem chuva e com a avenida lotada, da Praça Nossa Senhora de Salete à Praça 19 de dezembro, era de se esperar – a um mês da eleição – que a campanha política “invadisse” o evento. Mas não foi o que aconteceu. Poucas bandeiras de candidatos foram vistas, em número insuficiente para marcar a paisagem. O corpo a corpo ficou restrito a menos de meia dúzia de candidatos. A disputa política parece entrincheirada nas redes sociais, no horário eleitoral e em reuniões agendadas.

Perturbação de sossego

De acordo com informações da Polícia Militar, três pessoas foram retiradas da multidão e encaminhadas ao Batalhão da PM por perturbação do sossego por volta das 11h30. A assessoria de imprensa afirmou que caixas de som e megafone estavam sendo usados pelos manifestantes, atrapalhando o desfile, e que diante da negativa para interromper o protesto, houve a ação policial. Depois de assinatura de termo circunstanciado, foram liberados. As pessoas estavam com camisetas de apoio a Lula.

Questionada, a PM informou que não impede a livre manifestação, mas que o protesto não pode atrapalhar um evento público. A reportagem buscou contato com os manifestantes, mas não houve retorno. Em vídeo nas redes sociais, as três pessoas disseram que foram obrigadas a se ajoelhar e algemadas, enquanto eram xingadas por parte do público. Disseram ainda que pretendiam fazer um ato pacífico e foram impedidos antes que qualquer atitude fosse tomada.

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