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Reprodução do cheque. | Reprodução/
Reprodução do cheque.| Foto: Reprodução/

Os advogados do empresário Celso Frare – dono da Ouro verde e preso na operação Rádio Patrulha no dia 11 – apresentaram judicialmente, na sexta-feira (14), um pedido para que seja aberta uma conta bancária para depositar um cheque de R$ 917 mil, que seria o valor a ser devolvido aos cofres públicos por irregularidades por ele praticadas no programa Patrulha do Campo. Nesta terça-feira (18), a Justiça acatou a solicitação para a abertura da conta bancária.

A defesa do empresário alegou que, em depoimento prestado na quinta-feira (13), Frare falou “toda a verdade” e assumiu que fez pagamentos irregulares, destinados ao grupo político de Beto Richa, há mais de cinco anos. Citando a delação de Tony Garcia – a quem chama de “biltre e chantagista”, com credibilidade duvidosa –, que teria indicado o recebimento de três remessas de R$ 200 mil, R$ 300 mil e R$ 220 mil, feitas por Frare, o empresário se propôs a depositar o valor do cheque, que seria o valor corrigido.

A investigação indica que o empresário participou de um esquema para fraudar a licitação de maquinário pesado para estradas rurais, combinando lotes e repassando parte do valor que recebia. Ele aparece em conversas gravadas por Tony Garcia e também em um vídeo, em que Frare aparece com maços de notas de R$ 100, que seriam um dos pagamentos.

Celso Frares foi solto, juntamente com todos os outros presos da Rádio Patrulha, na madrugada de sábado (15).

Outro lado

A Ouro verde informou que “prestou serviços de locação de máquinas e equipamentos pesados ao Estado do Paraná durante o período de abril de 2013 a julho de 2015 após se sagrar vencedora em processo licitatório público e que cumpriu todas as suas obrigações legais no âmbito de tal contratação, inclusive havendo atualmente cobrança judicial contra o Estado por valores não pagos, apesar dos serviços prestados”.

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A empresa ressalta que em 45 anos de história “jamais se envolveu e nega qualquer envolvimento com relação a qualquer ato ilícito, e tem plena convicção de que demonstrará isso de forma cabal às autoridades competentes”.

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