• Carregando...
Imagem ilustrativa | Jonathan Campos/Gazeta do Povo/Arquivo
Imagem ilustrativa| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo/Arquivo

Entre as 59 pessoas que se tornaram réus na Operação Carne Fraca, há dois ex-assessores de deputados federais paranaenses. Heuler Iuri Martins, que trabalhava no gabinete do deputado João Arruda (PMDB), foi denunciado por advocacia administrativa e corrupção passiva privilegiada. Já Ronaldo Sousa Troncha, ex- chefe de gabinete do deputado Sérgio Sousa (PMDB), responde à acusação de violação do sigilo funcional.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal que foi acatada pelo juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, Heuler Martins atuava perante servidores do Ministério da Agricultura com o objetivo de favorecer empresas que estavam sendo fiscalizadas pelo órgão. O Ministério Público também acusa o ex-assessor parlamentar de pressionar o ex-superintendente do Ministério da Agricultura (Mapa) no Paraná, Gil Bueno de Magalhães, para que removesse da função a agente do ministério responsável por fiscalizar a Industria de Laticínios SSPMA, localizada em Sapopema, no norte do Paraná.

Pecuária ganha nova raça bovina genuinamente paranaense

Governo divulga lista com todos os produtos alvos da Operação Carne Fraca

Leia a matéria completa

Na denúncia, o procurador Alexandre Nardes, afirma que tanto Heuler Martins como Gil Bueno de Magalhães agiram com o objetivo de atender aos interesses dos dirigentes da empresa, que estavam descontentes com a atuação de uma fiscal federal agropecuária.

No recebimento da denúncia, o juiz Marcos Josegrei indica que os atos cometidos por Martins seriam de menor potencial ofensivo, o que poderia levar o caso a ser apreciado em Juizado Especial.

A defesa de Heuler Martins foi procurada e afirmou que se pronunciará apenas nos autos.

O deputado federal João Arruda afirmou que Heuler Martins “pediu imediatamente exoneração do cargo” e que “deseja o mais rápido esclarecimento de todos os fatos”.

Já Ronaldo Troncha foi acusado pelo MPF de acessar, sem autorização, o sistema eletrônico de informações do Ministério da Agricultura. O acesso ao sistema, segundo a denúncia, foi franqueado pelo ex-superintendente do ministério no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, que repassou sua senha ao então assessor parlamentar. Troncha teria usado o sistema para efetuar consultas de processos administrativos envolvendo diversas empresas.

Até o fechamento desta matéria, a reportagem não conseguiu contato com o ex-assessor parlamentar.

O deputado Sérgio Sousa não preferiu não emitir um novo posicionamento sobre o caso. Em março, quando a operação foi deflagrada, o deputado disse que não sabe de nenhuma irregularidade envolvendo Troncha, por quem tem “o maior respeito, a maior admiração”.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]