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Inscrições ao processo seletivo terminaram no último dia 3. Número final de interessados não foi divulgado. | Albari Rosa
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Inscrições ao processo seletivo terminaram no último dia 3. Número final de interessados não foi divulgado.| Foto: Albari Rosa /Gazeta do Povo

O governo do Paraná optou por nomear chefes provisórios para os 32 núcleos de educação, enquanto se aguarda o término do processo seletivo aberto em janeiro para preencher as vagas. A ideia é que o resultado da seleção saia em março – ou seja, os nomeados atuariam apenas entre janeiro, fevereiro e março. As inscrições do processo seletivo terminaram no último dia 3, sem prorrogação. E o número total de inscritos não foi divulgado. “Serão publicizados apenas os nomes dos três finalistas de cada regional”, informou a Secretaria de Estado da Educação (Seed), em nota à Gazeta do Povo.

Os atuais nomeados também puderam se inscrever na seleção, que tem sido propagandeada pela gestão Ratinho Junior (PSD) como uma alternativa “mais técnica e menos política” para preencher as vagas. Historicamente, os nomes dos chefes dos núcleos de educação são definidos a partir de indicações de deputados estaduais, que têm bases eleitorais espalhadas pelo Paraná. Para a escolha dos 32 atuais chefes provisórios, o método também foi utilizado.

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“Mas teve de tudo. Também teve escolhas diretas do governador. Tem locais em que os próprios professores ligados ao núcleo pediram para alguém assumir”, disse o líder do governo Ratinho Junior (PSD) na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Hussein Bakri (PSD), que indicou o nome de Carlos Alberto Polsin para a chefia do Núcleo Regional de Educação no município de União da Vitória.

“Ele é um postulante antigo ao cargo em União da Vitória e um diretor de escola exemplar. Evidente que eu intermediei, mas a indicação partiu dos professores. E todos os 32 nomes são do quadro da educação”, justificou Bakri. O líder do governo Ratinho Junior também alega que foi “difícil” encontrar quem quisesse assumir os comandos dos núcleos sem garantia de permanência. “São heróis, colaboradores. A maioria não queria aceitar. Porque só há garantia de 3 meses [janeiro, fevereiro, março]. Estão servindo ao Estado temporariamente”, enfatizou ele.

Bakri também reforça que não havia como deixar os cargos desocupados, já que os chefes dos núcleos são especialmente importantes na organização do início do ano letivo. A APP-Sindicato, que representa os profissionais da educação, tem a mesma visão - as cadeiras não poderiam ficar vagas, à espera do término do processo seletivo.

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Processo de seleção

Em janeiro, ao anunciar a novidade – é a primeira vez que um processo de seleção é aberto para preenchimento das vagas -, Ratinho Junior afirmou que a ideia era “despolitizar a educação”: “Nós estamos rompendo com esse modelo de indicação do passado por um teste seletivo muito criterioso”.

Bakri disse que os mais de 40 deputados estaduais da base aliada apoiam a realização de teste seletivo, mas acrescentou que “não foi fácil”. “É uma ruptura. Os deputados estaduais sempre indicaram todos os chefes dos núcleos. Era uma prática comum. Agora é um novo momento”, prometeu ele.

Em janeiro, a Seed informou que o processo de seleção tem cinco etapas, incluindo análise de currículo, testes de raciocínio lógico e entrevista.

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