Paraná mantém saldo positivo de empregos: “crise ficou para trás”

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O Paraná começou 2019 com saldo positivo no mercado de trabalho. Durante o mês de janeiro, o estado registrou 9.145 mais anotações de contratação em carteira do que a quantidade de demissões. Os dados são do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e que serve de termômetro para o mercado formal, com base na diferença entre as admissões e os desligamentos. Os números gerais do Paraná no mês foram de 104.415 vagas abertas contra 95.270 postos fechados.

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O cenário é de confirmação da saída da crise e de retomada efetiva do crescimento, na avaliação da economista Suelen Glinski, do Observatório do Trabalho da Secretaria Estadual da Justiça, Família e Trabalho. “O emprego é um dos últimos indicadores que sofrem alteração. Se a gente já está vendo aumento nas contratações, isso demonstra que as vendas aumentaram, a produção aumentou; a gente já evoluiu e está crescendo”, avalia. Para a especialista, o estado já saiu da crise e o cenário de reaquecimento do mercado de trabalho está consolidado.

Outro indicativo é que as cidades que mais criaram empregos são grandes centros, “aqueles mais impactados pela crise”, segundo Sulelen Glinksi.

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Os segmentos que puxaram o saldo positivo do emprego no Paraná em janeiro de 2019 foram serviços, indústria da transformação e construção civil, que juntos geraram mais de 12 mil postos de trabalho.

As contratações de alimentadores de linha de produção, ajudantes de obras e escriturários foram as mais numerosas. Houve também aumento de outros postos que demandam mais capacitação e experiência e que são, consequentemente, aqueles que oferecem salários mais altos. “Isso influencia nos demais setores e faz girar a economia”, conclui a especialista.

Flutuação em anos anteriores

Mesmo com a avaliação otimista, o resultado de janeiro de 2019 teve números piores do que aqueles registrados no mesmo período do ano anterior.

Sobre a flutuação para baixo, a economista diz acreditar que ela foi resultado de situações pontuais e das características de sazonalidade do mês. “Geralmente final de ano e início de ano tem muitas interferências. Por exemplo, se foi período de mais chuvas, elas podem ter interferindo no turismo. Acredito que seja pontual”, avalia Suelen Glisnki, ao ressaltar que “o Paraná vem numa trajetória crescente de criação de empregos formais ao longo de todo o ano de 2018”.

Para a sequência de 2019, a expectativa é pela manutenção dos saldos favoráveis de emprego, segundo a economista, especialmente por causa das boas expectativas do empresariado com relação à nova gestão federal, de Jair Bolsonaro. “[O otimismo] sempre acaba impactando nas contratações, a política interfere e isso pode ser levado em consideração”, avalia.