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Cerca de um terço dos atuais deputados federais do Paraná vai terminar o mandato, daqui a mais ou menos um ano, em um partido político diferente daquele registrado nas urnas de 2014.

Desde a última eleição, ao menos dez representantes do Paraná, cuja bancada é formada por 30 nomes, já trocaram de legenda ou cogitam mudar de sigla na próxima “janela”, aquele prazo de 30 dias antes dos seis meses mínimos de filiação exigidos para a disputa de outubro de 2018.

INFOGRÁFICO: Veja as mudanças de partido

Christiane Yared, a parlamentar mais votada da bancada em 2014 e exercendo seu primeiro mandato eletivo, foi eleita pelo PTN, legenda que agora se chama PODE e está sendo comandada pelo senador paranaense Alvaro Dias. Mas, no início de 2016, ela saiu do PTN e se filiou ao PR, no qual deve permanecer para disputar uma vaga ao Senado.

Na coligação que sustentou a candidatura de Yared em 2014, o PTN se aliou ao PT, PDT, PRB e PCdoB. Já o PR, que abriga hoje a parlamentar, formava uma aliança naquele ano com PSDB, DEM, PSC, PTdoB, PP, SD, PSD e PPS.

O PSD de Gilberto Kassab e de Ratinho Júnior atraiu dois paranaenses: os deputados federais Sandro Alex, que saiu do PPS, e Edmar Arruda, que deixou o PSC. As três legendas (PSD, PPS e PSC), contudo, integravam a mesma coligação em 2014. 

Já o PSDB perdeu o deputado federal Alfredo Kaefer para o nanico PSL, que hoje tenta abrigar o presidenciável Jair Bolsonaro. Kaefer se sentiu desprestigiado pela maior liderança tucana no Paraná, Beto Richa, e no início de 2016 deixou a legenda.

Por outro lado, o PSDB ganhou o deputado federal Nelson Padovani, hoje suplente em exercício. Em 2014, ele disputou as eleições pelo PSC. Outro suplente que se inscreveu na corrida em 2014 pelo PSC e depois migrou para o PSDB foi Paulo Martins. Ele exerceu a suplência durante um período na atual legislatura, a partir da licença de colegas. 

Paulo Martins hoje já disse publicamente que pretende sair do PSDB para disputar as eleições de outubro próximo. Só não sabe ainda para qual sigla.

O PT também perdeu filiados: os deputados federais Assis do Couto e Toninho Wandscheer, eleitos pela legenda de Gleisi Hoffmann em 2014, foram para o Partido da Mulher Brasileira (PMB) ainda no final de 2015.

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A ideia era sair do PT e, por isso, a dupla escolheu uma legenda que não traria riscos para os mandatos. Pela regra, os parlamentares podem se desfiliar sem ter a cadeira ameaçada se estiverem migrando para uma sigla nova, caso do PMB.

Depois, já na “janela” do início de 2016, quando a troca partidária estava oficialmente liberada, Assis do Couto foi para o PDT e Toninho Wandscheer, que hoje é o coordenador da bancada do Paraná, foi para o PROS.

Outro paranaense que também trocou de legenda ainda no primeiro ano da legislatura, em 2015, foi Aliel Machado: foi eleito pelo PCdoB em 2014 e depois já migrou para a REDE da presidenciável Marina Silva.

De mudança 

Outros dois deputados federais pelo Paraná, Osmar Serraglio (PMDB) e Fernando Francischini (SD), também ensaiam trocar de partido político durante a “janela” que se aproxima. Desafeto do senador Roberto Requião, que hoje está na presidência do PMDB no Paraná, Serraglio foi convidado para entrar no PP do ministro Ricardo Barros e já sinalizou que pode mesmo fazer a mudança. 

Filiado ao Solidariedade (SD) de Paulinho da Força, Francischini se comprometeu com a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro e está com as malas prontas: aparentemente, vai se filiar à mesma legenda do colega do Rio de Janeiro, seja ela qual for. Hoje, Bolsonaro sustenta que pretende disputar a Presidência da República pelo PSL.

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