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De cima para baixo, da esquerda para a direita, os quatro candidatos à presidência do Tribunal de Justiça do Paraná: Adalberto Xisto Pereira, Fernando Bodziak, Lídia Maejima e Rogério Kanayama. | Divulgação TJ-PR/
De cima para baixo, da esquerda para a direita, os quatro candidatos à presidência do Tribunal de Justiça do Paraná: Adalberto Xisto Pereira, Fernando Bodziak, Lídia Maejima e Rogério Kanayama.| Foto: Divulgação TJ-PR/

Administrar um orçamento maior do que o da prefeitura de Londrina, segunda maior cidade do Paraná. Essa é apenas uma das responsabilidades de quem ocupa a presidência do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), cargo em disputa nesta segunda-feira (12). A gestão de R$ 3 bilhões ao ano envolve os salários de 900 magistrados e 18 mil funcionários, entre diretos e terceirizados.

Quatro desembargadores se candidataram para o cargo: Adalberto Jorge Xisto Pereira, Fernando Wolff Bodziak, Lídia Maejima e Rogério Luís Nielsen Kanayama. Veja aqui um perfil de cada um. De dois em dois anos, o Judiciário paranaense escolhe a cúpula de comando do TJ-PR, que inclui também outros cinco postos: primeiro e segundo vice-presidente, ouvidor-geral, corregedor e corregedor-geral. O mandato começa em 2019. Somente os 120 desembargadores têm direito a voto.

Uma das primeiras negociações que caberá ao novo presidente será a discussão sobre a redução do repasse ao Judiciário, proposta pelo governador eleito Ratinho Júnior (PSD), que pretende tirar do porcentual obrigatório o chamado Fundo de Participação dos Estados (FPE), o que representaria R$ 202 milhões a menos.

O cargo tem ainda atribuições políticas – além de ser o interlocutor com os outros poderes, como Executivo e Legislativo –, o presidente do Judiciário paranaense também fica com a incumbência de assumir o governo estadual em caso de ausência dos representantes legais. Aconteceu em 2018, por exemplo, quando Cida Borghetti (PP) esteve em viagens internacionais e o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), estava impedido, pela legislação eleitoral, de assumir a governadoria.

Entre as decisões importantes, tanto na esfera política quanto administrativa, está a autorização para a realização de concurso público e a nomeação dos aprovados. Também cabe ao presidente do TJ-PR a decisão de priorizar o atendimento de primeiro grau, uma das reivindicações da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR) e objeto de cobrança pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

LEIA TAMBÉM: Ratinho Jr ‘perderá’ R$ 396 milhões do orçamento para os outros poderes

Os candidatos são, em ordem alfabética:

Adalberto Jorge Xisto Pereira

Curitibano, formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná em 1988. Foi promotor de Justiça antes de ingressar na magistratura, com atuações em União da Vitória, Realeza, Siqueira Campos, Toledo e Ponta Grossa, até ser promovido para a cidade natal. Foi também professor de Direito. É desembargador desde 2008. Foi presidente do Tribuna Regional Eleitoral em 2017.

Fernando Wolff Bodziak

Nascido em Curitiba, tem 55 anos. É formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná, na turma de 1986. Começou atuando como juiz em Jacarezinho, 1989, passando também pelas comarcas de Cândido de Abreu, Imbituva, Umuarama, Guarapuava, Ponta Grossa e Curitiba. É desembargador desde 2004. Foi candidato a presidente do TJ-PR na eleição de 2016.

Lídia Maejima

Natural de Arapongas, formou-se em Direito pela Universidade Estadual de Londrina, em 1981. Magistrada desde 1984, atuou em União da Vitória, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Pérola, Andirá, Goioerê, Cascavel e Londrina. É desembargadora desde 2007, além de também ter desempenhado a função de professora. Atualmente é segunda-vice-presidente do TJ-PR.

Rogério Luís Nielsen Kanayama

Curitibano, é bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paraná, desde 1976. É magistrado desde 1980, com passagens pelas comarcas de Loanda, Cândido Abreu, Paraíso do Norte, Capanema, Francisco Beltrão, Maringá e Curitiba. Desembargador desde 2004, foi também presidente do Tribuna Regional Eleitoral em 2012. Atualmente é corregedor-geral.

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