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Carros envolvidos no acidente ficaram completamente destruídos | Átila Alberti/Tribuna do Paraná
Carros envolvidos no acidente ficaram completamente destruídos| Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

Peças-chave para o julgamento, pelo menos oito testemunhas devem ser ouvidas no júri popular do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho - réu por duplo homicídio decorrente de acidente de trânsito em 2009. Outras oito não foram localizadas ou tiveram a indicação indeferida pela Justiça. Entre os que serão ouvidos nas sessões do julgamento, estão pessoas que presenciaram a colisão que matou os jovens Carlos Murilo de Almeida e Gilmar Rafael Yared; peritos particulares e funcionários do restaurante em que Carli Filho estava antes do acidente.

Das testemunhas requisitadas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), três foram deferidas. Uma delas é o médico Eduardo Missel Silva, o amigo que estava com a namorada e com Carli Filho em um restaurante no Bigorrilho, instantes antes do acidente. Em depoimento, ele disse que percebeu o ex-deputado não estava em condições de dirigir e que se prontificou a levá-lo embora, mas que Carli Filho acabou descendo do carro, alegando que iria dirigindo seu próprio veículo.

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“Em determinado momento, ele saiu do carro e eu perguntei pra ele porque ele tinha saído do carro. Ele disse que preferia ir com o carro dele, que ele tinha mudado de ideia e que ia com o carro dele”, disse Missel Silva.

Outra das testemunhas do MP-PR é a deputada federal Christiane Yared (PR), mãe de Gilmar Rafael, que morreu no desastre. Também a pedido da promotoria deve ser ouvido o garçom Altevir Gonçalves do Santos, que atendeu a mesa de Carli Filho naquela noite e que apontou que o ex-deputado e o casal de amigos consumiram quatro garrafas de vinho.

Da assistência de acusação que representa a família Yared, apenas uma testemunha foi deferida e intimada: Yuri Yasichin da Cunha, que trafegava pela via no instante em que ocorreu a colisão.

O advogado da família Almeida – que também figura como assistente de acusação – pediu para ser ouvida outra testemunha ocular do acidente: Leandro Lopes Ribeiro. A assistência também pediu para o júri ouvir o garçom Altevir dos Santos e o funcionário do restaurante, Iwerson Clóvis Pereira. Em depoimento, ele apontou que Carli Filho estava “completamente bêbado” e “sem condições de dirigir”. Pereira chegou a essa conclusão ao ver que “na verdade, ele [Carli Filho] estava sendo carregado pelo rapaz que estava com ele”.

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Os advogados de Carli Filho, por sua vez, pediram a intimação de dois peritos particulares – Valdir Florenzo e Ventura Rafael Martelo Filho –, que chegaram a elaborar um laudo independente, a pedido da defesa. Na ocasião, a perícia apontava que o carro em que as vítimas trafegavam não parou no cruzamento, cuja via preferencial era a em que Carli Filho transitava. Eles apontam, ainda, que o ex-deputado não tinha visibilidade para notar o veículo dos jovens.

Além disso, a defesa também pediu para ouvir duas testemunhas oculares mencionadas pela acusação: Leandro Lopes Ribeiro e Yuri Yasichin da Cunha.

Quem são as testemunhas (as indeferidas estão em negrito)

Da promotoria (Ministério Público):

Christiane Yared - mãe de uma das vítimas

Eduardo Missel Silva – médico e amigo de Carli Filho, que estava com ele antes do acidente

Alice da Lima Braz – testemunha ocular – não encontrada

Marco Aurélio Bertoldi Pimpão – diretor do Instituto de Criminalística – indeferido pela Justiça

Altevir Gonçalves dos Santos – garçom do restaurante em que Carli Filho estava antes do acidente

Da assistência de acusação, que representa a família Yared

Alice de Lima Braz – testemunha ocular – não encontrada

Yuri Yasichin da Cunha – trafegava na via (também indicado pela defesa)

Rosemaria Jussiane Fedler – indeferido pelo Justiça

Paulo Roberto Campagnoli de Oliveira – médico – indeferido pela Justiça

Walter Kauffmann Neto – perito particular – indeferido pela Justiça

Da assistência de acusação, que representa a família Almeida

Leandro Lopes Ribeiro – testemunha ocular (também indicado pela defesa)

Alice de Lima Braz – testemunha ocular – não encontrada (também indicada pelo MP)

Marco Aurélio Bertoldi Pimpão – diretor do Instituto Criminalística – indeferido pela Justiça (também indicado pela assistência de acusação)

Altevir Gonçalves dos Santos – garçom do restaurante em que Carli estava antes do acidente (também indicado pelo MP)

Iwerson Clóvis Pereira – funcionário do restaurante em que Carli estava antes do acidente

Defesa

Leandro Lopes Ribeiro – testemunha ocular (também indicado pela assistência de acusação)

Yuri Yasichin da Cunha – trafegava na via (também indicado pela assistência de acusação)

José Antonio Maingue – médico – solicitou dispensa em razão da idade

Valdir Florenzo – perito particular

Ventura Rafael Martelo Filho – perito particular

João Franco – não encontrado

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