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Foto ilustrativa | Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo
Foto ilustrativa| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo

O juiz federal à frente dos processos da Operação Carne Fraca, Marcos Josegrei da Silva, determinou no último dia 11 o sequestro de quatro franquias da rede de sanduíches Subway, ligadas ao servidor público federal Juarez José de Santana, ex-chefe da representação em Londrina do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O bloqueio das lojas ocorre no âmbito de um inquérito policial que apura se José de Santana se utilizou das franquias para lavar dinheiro do esquema de propina que funcionaria na pasta entre fiscais e empresários.

Juarez José de Santana, de 59 anos de idade, está preso desde a deflagração da operação pela Polícia Federal, há quase um ano. Ele já responde a uma ação penal pelos crimes de organização criminosa, corrupção, prevaricação e advocacia administrativa. A investigação em curso envolvendo a Subway pode render mais uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra ele.

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Em entrevista à Gazeta do Povo na tarde desta terça-feira (30), o advogado Anderson Felipe Mariano, defensor de José Santana, informou que tinha acabado de ser notificado sobre a decisão e que deveria apresentar um recurso contra o sequestro de bens. “É um absurdo. A PF fala que duas lojas foram colocadas à venda pela internet, nas redes sociais. Isso não existe, não tem cabimento. E isso só não virou denúncia ainda porque não há materialidade”, protestou o advogado. Ele não soube informar se as lojas estavam operando normalmente.

Na decisão do magistrado da 14ª Vara Criminal de Curitiba, ele escreve que “pelos elementos até aqui colhidos, pode se extrair que as vantagens indevidas (dinheiro) obtidas por Juarez José de Santana com as práticas dos diversos crimes contra a administração pública eram repassadas e recicladas por intermédio das empresas Sub Royal Comércio de Alimentos Ltda, Santa Ana Comércio de Alimentos Ltda, Unidos Com. de Alimentos Ltda e Smartmeal Comércio de Alimentos Ltda, que atuavam no ramo alimentício como lanchonetes da franquia Subway, cujos formais proprietários eram parentes próximos (ex-esposa, filhas, sobrinho), a fim de emprestar ‘ares’ de legalidade aos valores obtidos ilicitamente e não declarados”.

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Nos cadastros das quatro pessoas jurídicas junto à Receita Federal, consultados pela reportagem, consta que as empresas estão localizadas na cidade de Londrina, nos bairros Jardim Bela Suíça, Interlagos, Centro e Vila Ipiranga.

A Gazeta do Povo também entrou em contato com o escritório no Brasil da rede de sanduíches Subway, mas não houve manifestação até o fechamento do texto.

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