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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O governador Beto Richa (PSDB) suspendeu o expediente administrativo da Polícia Militar de todo o estado nesta sexta-feira (12). A folga foi decretada em razão da atuação dos policiais na operação desencadeada para garantir a segurança do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao juiz federal Sergio Moro. O aparato policial usado para bloquear o entorno do prédio da Justiça Federal chamou a atenção. Além disso, os agentes acompanharam manifestações em outros pontos da capital e até helicópteros foram usados nas ações.

A suspensão do expediente foi publicada na quinta-feira (11) no boletim interno da PM, em comunicado assinado pelo comandante-geral da corporação, coronel Maurício Tortato. O oficial destaca que a operação incluiu militares que estavam de descanso ou de folga, “em uma intensa ampliação de cargas horárias”. Tortato acrescentou ainda que Richa “reiterou elogiosas ao trabalho de planejamento e execução da corporação”.

A paralisação atinge apenas policiais que estão lotados em setores administrativos, ou seja, que trabalham internamente nos quarteis e batalhões. Os trabalhos de policiamento ostensivo, atendimentos do serviço 190 e as tropas que vão para as ruas continuam trabalhando normalmente, segundo a PM.

Efetivo

A PM, no entanto, não divulgou quantos foram os policiais que tiveram direito a folga nesta sexta-feira, nem quantos participaram da operação. No dia do depoimento, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que cerca de 3 mil agentes haviam atuado nas ações – incluindo integrantes de todas as corporações que integraram a operação.

A Gazeta do Povo questionou a Sesp sobre o valor gasto com a operação, principalmente em relação às diárias pagas a policiais de outras regiões do estado, que foram destacados para atuar no dia do depoimento. Até a publicação desta matéria, a pasta não havia levantado os dados solicitados.

A bancada de oposição a Richa na Assembleia Legislativa também quer saber quanto custou a operação. O deputado Tadeu Veneri (PT) prepara um pedido de informações para ter acesso ao efetivo empregado nas ações, número de helicópteros e valor gasto com diárias.

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