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Reitor da UEM participa de reunião com servidores da universidade | Divulgação/Sinteemar
Reitor da UEM participa de reunião com servidores da universidade| Foto: Divulgação/Sinteemar

O governo do Paraná confirmou nesta segunda-feira (5) o pagamento do salário dos servidores de todas as universidades estaduais, inclusive da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Nesta manhã, os servidores desta instituição anunciaram greve, já que não haviam recebido. A universidade era a única que não havia enviado os documentos para a adesão ao sistema de controle de folha de pagamento do governo estadual, o Meta-4, portanto os salários foram retidos.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), José Maria Marques, com o pagamento dos funcionários será feita uma assembleia nesta terça-feira (6) para oficializar o fim da greve. “A única pauta era o recebimento dos salários. Depositando o pagamento dos nossos servidores, nós colocamos fim ao movimento de greve amanhã mesmo”, comenta. O presidente ainda disse que o sindicato segue contra a adesão ao sistema de controle de folha do governo do estado. “Continuamos lutando contra o Meta-4 e pela reposição salarial que não tivemos desde 2016. Vencemos a briga mas não a guerra, e vamos continuar a guerra com esse governo que não tem compromisso com o ensino fundamental, médio e superior”.

Em nota, o governo do estado disse que a UEM enviou nesta segunda-feira (5) o ofício assinado pelo reitor Mauro Baesso, informando a Caixa Econômica Federal que o encaminhamento será feito pelo estado, por meio do sistema único de recursos humanos e Secretaria da Fazenda. Por isso o pagamento aos servidores da UEM foi liberado ainda hoje.

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O governo ainda reitera que os sindicatos têm autonomia para a tomada de decisões referentes à categoria, no entanto a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) não foi comunicada oficialmente sobre a paralisação desta segunda-feira. A secretaria também entende que o diálogo entre as partes deve prevalecer para que não haja prejuízos à comunidade acadêmica.

Ainda segundo a nota, “a partir de agora, o estado, por meio do Sistema Único de RH e da Secretaria da Fazenda, será o responsável por encaminhar os documentos de todas as universidades estaduais para a Caixa Econômica Federal, para o pagamento dos salários dos servidores”.

O reitor da UEM, Mauro Baesso, afirmou que o que estava bloqueando o pagamento dos servidores era o ofício que autorizava a Caixa a transferir o recurso da conta da UEM para a conta dos servidores. Segundo Baesso, o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) é um sistema centralizado que, por lei, tem de ser utilizado desta maneira. “O programa calcula automaticamente e gera a folha. Se o servidor precisa fazer hora extra, ele tem o número de horas. Nós temos o nosso software, ele gera essas condições, gera o programa que transmite já na linguagem computacional que o novo Siafi lê”, comenta.

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A documentação enviada, portanto, não tem a ver com a adesão ao Meta-4. De acordo com Baesso, se a documentação fosse para o programa, o procedimento levaria de três a cinco meses para ser concluído. “São mais de 300 planilhas com toda a vida funcional dos servidores, como se fosse um outro sistema de gestão de pessoas, e isso [o Meta-4] é um processo demorado se for feito mediante uma decisão judicial, porque a UEM ainda está discutindo isso na Justiça”.

Sobre a possibilidade da UEM sofrer processo por improbidade administrativa, a assessoria da Procuradoria Geral do Estado comentou que “todos os procedimentos envolvendo o Meta-4 estão na mão da Seti” e que “os devidos encaminhamentos serão tomados”.

UEL também teve greve “relâmpago” após retenção de salários

Já a Universidade Estadual de Londrina (UEL), em caso semelhante ao ocorrido na UEM, chegou a aprovar greve dos servidores no início de quinta-feira (1º) devido ao não recebimento de salário dos servidores. No entanto, nesta segunda-feira, feito o pagamento, a greve foi suspensa. “Nós tínhamos o indicativo mas o governo pagou o salário dos servidores e então não sairemos em greve. A nossa reitora encaminhou os documentos exigidos para o Meta4 e o governo efetuou o pagamento”, comenta o presidente do sindicato dos servidores da UEL, Assuel, Adão Brasilino.

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