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Alto escalão do PSDB será investigado no Supremo Tribunal Federal com base nas delações da Odebrecht. | George Gianni/ PSDB/Fotos Públicas
Alto escalão do PSDB será investigado no Supremo Tribunal Federal com base nas delações da Odebrecht.| Foto: George Gianni/ PSDB/Fotos Públicas

Entre os 108 alvos com foro privilegiado que serão investigados pela Procuradoria-Geral da República no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo menos 14 citados são do PSDB – alguns deles, como os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP), pertencem ao alto escalão do partido, os chamados “tucanos do bico vermelho”. As informações são do blog do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo.

Aécio é o atual presidente nacional da sigla e um dos pré-candidatos do PSDB à Presidência da República em 2018. O senador mineiro é o político com o maior número de inquéritos que serão abertos contra si: cinco – mesmo número do peemedebista Romero Jucá (RR). Serra é outro presidenciável do PSDB e até há pouco tempo ocupava o cargo de ministro das Relações Exteriores do governo Temer.

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O atual ministro da pasta Aloysio Nunes Ferreira também aparece na lista de investigados nos 83 inquéritos abertos com autorização do ministro do STF Edson Fachin. Aloysio foi candidato a vice-presidente na chapa com Aécio que foi derrotada nas eleições de 2014.

Personagens do impeachment estão na lista

Há ainda senadores com papel de destaque no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, no ano passado: o mineiro Antônio Anastasia, que foi relator da comissão do impeachment e apresentou relatório favorável à cassação do mandato da petista; o paraibano Cássio Cunha Lima e o capixaba Ricardo Ferraço. Consta ainda o nome do catarinense Dalírio José Beber.

Da Câmara Federal, aparecem os tucanos Jutahy Júnior (BA) , Yeda Crusius (RS), João Paulo Papa (SP) e Betinho Gomes (PE). Deverão responder a processo na Corte Federal também alguns nomes expoentes do partido, como o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PE), e o prefeito de Blumenau (SC), Napoleão Bernardes.

A abertura dos inquéritos se baseia nas delações de executivos e ex-executivos do grupo Odebrecht, que foram homologadas em fevereiro pela presidente do STF, Carmen Lúcia.

Aécio se defende

Em nota da assessoria de imprensa, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, “considera importante o fim do sigilo sobre o conteúdo das delações, iniciativa solicitada por ele ao ministro Edson Fachin na semana passada, e considera que assim será possível desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de sua conduta”.

O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), se manifestou em nota. Leia a íntegra: “O PSDB cumpre papel relevante na recuperação econômica do país e na viabilidade do governo Temer. Os inquéritos autorizados pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, não prejudicarão nosso compromisso maior com o país. Na condição de senador e líder do PSDB no Senado, não nos cabe contestar a decisão da autoridade judicial. Entretanto, se faz necessário registrar que os fatos que ensejaram a decisão precisarão ser comprovados conforme prevê a lei.

Os senadores do PSDB citados haverão de apresentar suas defesas e, certamente, comprovarão a inconsistência das denúncias feitas por quem, no exercício de cargos de direção de empresa construtora de obras públicas, tenha praticado atos ilegais e formalizado acordo de delação para reduzir penalidades aplicadas pela Justiça. É necessário aguardarmos o final do processo e confiarmos na atuação isenta do Poder Judiciário.”

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