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| Foto: Pedro França/Agência Senado

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viabilizou dentro da Construindo um Novo Brasil (CNB), corrente majoritária do PT da qual faz parte, a candidatura da senadora Gleisi Hoffman, do Paraná, para presidir a legenda. A decisão foi tomada na noite de segunda-feira (3) em reunião de Lula com os integrantes da corrente.

O objetivo da indicação de Gleisi é tentar construir uma candidatura única. O outro candidato a presidente do PT, o também senador Lindbergh Farias (RJ), apoiado pelo movimento Muda PT, é amigo da senadora paranaense, o que poderia facilitar a sua desistência.

“A corrente Construindo Um Novo Brasil, reunida em São Paulo em 03 de abril com o presidente Lula, se associa ao seu esforço na construção da unidade de todo o partido, indicando o nome da companheira Gleisi Hoffman, como candidata à presidência nacional do PT, a ser apresentada a todas as correntes”, afirma nota divulgada pela CNB.

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Gleisi, que é ré na Lava-Jato, havia apresentado sua intenção de concorrer à presidência do PT no último ano, mas em seguida desistiu da disputa. Convencida por Lula, aceitou a indicação agora. Inicialmente, disputavam o posto de candidato da corrente para presidir o PT o ex-ministro Alexandre Padilha e o atual tesoureiro da legenda, Márcio Macedo.

Ao longo da semana passada, Lula participou de inúmeras reuniões para tentar unificar o grupo. Na última segunda-feira, diante da opção por Gleisi, os dois desistiram de encabeçar a chapa.

“Os companheiros Alexandre Padilha e Márcio Macedo, ratificando seu compromisso histórico com a unidade do partido, retiram as respectivas candidaturas em prol da possibilidade de termos, pela primeira vez na história, uma mulher na presidência nacional do PT”, diz a CNB.

Caciques petistas avaliam que uma disputa pela presidência no momento que o partido vive a maior crise de sua história poderia provocar novas fissuras internas.

“A CNB entende que a unidade partidária é pressuposto fundamental para fortalecer e revigorar o nosso partido, para derrotar o projeto neoliberal e construir a possibilidade do Brasil voltar a ser justo, democrático e feliz com Lula presidente em 2018”, acrescenta a CNB.

Eleição

A eleição do novo presidente do PT ocorrerá no congresso do partido, previsto para acontecer no início de junho, em Brasília. Cerca de 1,6 milhão de petistas poderão participar das eleições para os diretórios municipais do PT no próximo domingo (9). O processo, realizado em 4.109 municípios, faz parte da preparação para o congresso.

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