Atirador abre fogo dentro de catedral e mata várias pessoas em Campinas 

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Um homem entrou com duas armas de fogo na Catedral Metropolitana de Campinas (SP), por volta das 13 horas desta terça-feira (11), e atirou contra fieis que participavam de uma missa. Quatro pessoas foram mortas, todos homens, e outras quatro ficaram feridas, sendo dois homens e duas mulheres. 

O atirador, identificado como Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, se matou em seguida, com a própria arma, após ser atingido por disparos de policiais que chegaram rapidamente à igreja. Ele portava uma pistola 9 milímetros e um revólver calibre 38, mas apenas a pistola foi usada, segundo a polícia. O suicídio ocorreu diante do alta da catedral. A polícia investiga qual teria sido a motivação do crime.

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O homem entrou na igreja, sentou-se em um dos bancos e, quando a missa terminou, sacou a arma, atirando para todos os lados. Havia pouco mais de uma dezenas de pessoas na catedral no momento do ataque.

Foram mortos a tiros José Eudes Gonzaga Ferreira, de 68 anos, Elpidio Alves Coutinho, Sidnei Vitor Monteiro, de 67, e Cristofer Gonçalves dos Santos. Os corpos estavam, no início da noite desta terça-feira, no Instituto Médico-Legal do Cemitério dos Amarais.

Os feridos foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados a prontos-socorros da cidade. São dois homens e duas mulheres.

Segundo o portal G1, Jandira Prado Monteiro, de 65 anos, teve lesões em uma das mãos e tórax e foi socorrida no Hospital Municipal Mário Gatti. Ela está fora de risco. Para lá também foi encaminhado Heleno Severo Alves, de 84 anos, atingido por dois tiros nas regiões do tórax e abdômen. O estado dele é grave e deverá passar por cirurgia.

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Maria de Fátima Frazão Ferreira, de 68 anos, foi levada ao Hospital de Clínicas da Unicamp com ferimentos de bala em uma das pernas. O quadro de saúde dela é estável, informou a unidade. O quarto ferido é um homem, de 64 anos, que foi atingido por dois tiros de raspão e foi socorrido no Hospital Beneficência Portuguesa. O quadro dele é estável, mas a identidade não foi informada.

A igreja, cuja padroeira é Nossa Senhora da Conceição, fica no centro de Campinas e é bastante frequentada na hora do almoço por pessoas mais idosas. Na hora do ataque houve corre-corre no centro da cidade, principalmente na Rua 13 de Maio, uma das mais movimentadas do comércio local. 

Na hora dos disparos a polícia estava mobilizada para um roubo a banco no centro da cidade. Várias viaturas cercam a região e câmeras de monitoramento da CinCamp registraram a movimentação na área. 

Em postagem nas redes sociais, a Arquidiocese de Campinas pediu orações para as vítimas. “A Catedral segue fechada para atendimento das vítimas e a investigação da Polícia. Assim que dispusermos de mais informações, as disponibilizaremos. Contamos com as orações de todos neste momento de profunda dor”, escreveu.

Ação premeditada

Para a polícia, a ação foi premeditada. “Ele não chegou atirando. Ele estava sentado, parado e quando se levantou começou a atirar nas pessoas”, disse o delegado Hamilton Caviola Filho, do 1º DP de Campinas, responsável pelo policiamento na região. Ele estima que tenha havido pelo menos 20 disparos dentro da igreja.

Segundo Caviola, as imagens das câmeras de monitoramento da igreja mostram o homem sentando nos fundos e analisando o ambiente. Depois de algum tempo, ele se levantou e passou a disparar contra os fiéis que estavam na catedral com uma pistola calibre .40mm e um revólver calibre 38mm. O atirador que estava sem documentos tinha ainda dois carregadores.

Testemunhas ouviram vários disparos 

A gerente de uma loja de alianças que fica perto da catedral ouviu o barulho dos disparos e se assustou. “Ouvimos muitos tiros, mais de 20. Ouvi, mas não estava entendendo. Só fui entender quando as pessoas entraram correndo e gritando dentro da loja”, disse Patrícia Silvério, de 40 anos.

“Vi um senhor, todo ensanguentado, correndo, até que uma ambulância o segurou.” Segundo ela, várias lojas das redondezas fecharam as portas e uma faixa amarela faz o isolamento do local. 

Pedro Rodrigues estava dentro da Catedral e viu quando o atirador entrou na igreja e fez os disparos. “Era hora do almoço e fazia uns 5 minutos que a missa tinha acabado. Ele chegou com a arma em punho e saiu atirando. Sempre pensei que a igreja era um lugar seguro”, disse Rodrigues.